1 de outubro de 2005

Voando com os GEESE!

ARPE_DRAW_GANSO
Este é um momento de celebração: por ter terminado um projecto com o coração e a mente em harmonia e felicidade. Porque neste momento celebro um voo criativo até Findhorn, para onde o meu trabalho esteve voando nestas últimas semanas.
Foi graças à sincronicidade, que quando regressava do Encontro Vida Verde, sou convidado por May East, responsável pela área da Educação do GEN - Global Ecovillage Network, para desenvolver um projecto de 'logomarca' para o programa GAIA EDUCATION; que está sendo apresentado este fim de semana em Findhorn, num encontro que decorre a partir de hoje, até dia 8 de Outubro (outra data igualmente importante para mim...lá voltaremos um destes dias).
Quando regressei de Karuna, em Monchique, no Algarve, começei, não sei bem quando a desenhar 'obsessivamente pássaros nos meus vários 'diários gráficos'. Um dia estava desenhando já não recordo se a uma mesa de café, e um amigo que me fazia companhia num café, perguntou-me porque desenhava apenas pássaros, e para que tamanha 'trabalheira'... confesso que quando confrontado com tamanhas reflexões, não encontro melhor resposta que um franzir de sobrolho e um silêncio cúmplice... na minha cabeça passa a ideia de que não é preciso procurar por uma resposta, e que mais tarde ou mais cedo tudo nos é revelado, de onde menos se espera vem a resposta...
Foi quando acabei de chegar do Alentejo, ainda com a 'taça cheia' de amor e fraternidade compartilhada com os companheiros da 'tribo verde', que percebi para 'quê serviram tantos 'rabiscos' de pássaros que nunca vi, a não ser em documentários na televisão ou (infelizmente num jardim zoológico...). O pedido da May, veio trazer a luz à dúvida 'metafísica' do meu amigo de café: o projecto chamado de GAIA EDUCATION, desenvolvido pelo GEESE - Global Ecovillage Educators for a Sustainable Earth. Toda o 'programa' do projecto seria em torno da história dos gansos, da forma como voam e de como se relacionam... ai voltei de novo aos meus 'pássaros' e voando bem alto encontrei o meu ganso, e percebi que também o meu bando.

24 de setembro de 2005

R'encontro da 'Tribo Verde'

Nasceu de um reencontro com a Sofia Duarte, uma das almas do Vida Verde. Foi germinando de mansinho, e depois surgiu de rompante, como um foguete, de um folego de um dia para o outro!
O tempo não pára nem espera por nós. A natureza prossegue os seus ritmos naturais, apesar de tudo o que possamos ter feito para lhe mudar o pulsar, as estações continuam, e os marcos de passagem perduram.
Assim não quisemos deixar passar este Equinócio. De um dia para o outro, como o sol nasce e se deita todos os dias, fizemos o apelo possível a todos aqueles que pudessem estar para o R'ENCONTRO (foi assim que decidimos chamar a esta iniciativa). Primeiro de muitos reencontros da 'Tribo' que se encontrou no Vida Verde.
Foi então no passado dia 21, que nos reencontramos com alguns dos companheiros, no Parque das Nações.
Foi bom sentir, ser, fluir, abraçar, comemorar, dançar, cuidar e rir de novo juntos!
Foi um tempo para trazer de novo à presença o Circulo com todos os companheiros que se reuniram para este R'encontro.
Foi tempo de preparar a sementeira... para próximos R'encontros.
Percorremos o caminho do R'Conectar, depois do R'Lembrar, para a seguir R'Viver, depois R'Centrar. Sendo que o propósito de estarmos juntos para R'Pensar, fazendo algumas R'Vivências no sentido de R'Celebrar e de R'Consagrar este ritual de passagem do tempo que vem do fim dos tempos, onde humanos e natureza celebravam juntos os ritos de passagem, consagrando os elementos, da terra, da água, do fogo, do ar, e do éter.
Depois de nos reunirmos de novo, ficou a vontade de continuar a caminhar nesta direcção. Havemos de voltar a este r'encontro, da próxima vez alargando o circulo a mais companheiros, programando e integrando com mais tempo a informação, juntando mais energia, e trazendo à terra, para o campo da acção a visão com agora nos vamos guiando. Criando comunidade e semeando criatividade!

21 de setembro de 2005

Dia de Dharma

SOFIA

Solto a minha água
sem represas
solto ao largo
a minha onda
solto a minha chuva
sem granizo
Caio numa cascata suave
em nuvens húmidas de amor
Crio cristais
nunca vistos com este pensamento
fluindo como música que me vêm aos ouvidos
Danço com essa água limpida
transparente e deixo o rio
correr na direcção que tem que tomar,
sem revolta,
fluindo apenas,
fluindo e sentindo,
sentindo

18.09.2005
Arpe

18 de setembro de 2005

Solidariedade com Comunidade de Paz*

semear-solidariedade_logo
No dia 21 de Setembro, a partir das 16 horas, no Largo de Camões, em Lisboa, terá lugar uma concentração de apoio à Comunidade de Paz de San José de Apartadó, com uma série de iniciativas simbólicas que incluem a gravação vídeo de mensagens de solidariedade. Estão todos convidados a participar no evento e expressar dessa forma o apoio a uma comunidade que corajosamente cria alternativas não-violentas de resistência e serve de inspiração aos que procuram formas de manter espaços de paz e solidariedade no seio de conflitos violentos.

A Comunidade de San José de Apartadó, estabelecida em 1997 por pessoas forçadas a deslocarem-se devido ao conflito armado colombiano, continua fiel ao seu compromisso de não violência e neutralidade, procurando construir um futuro sem armas. Recusam a presença no seu território de qualquer agente armado mas, contudo, desde que se declararam comunidade de paz, têm vindo a sofrer constantes violações de direitos humanos que pretendem debilitá-la e mesmo aniquilá-la. Até agora já perderam mais de 130 dos seus membros. A 21 de Fevereiro deste ano, data que esta concentração pretende relembrar, oito dos seus membros, incluindo crianças e um dos fundadores, Luís Eduardo Guerra, foram torturados e massacrados. O governo recusa-se a reconhecer o compromisso da comunidade com a desmilitarização e a rejeição das forças armadas, insistindo em tratar os seus membros como colaboradores da guerrilha.

Este evento pretende enaltecer a luta, feita através das palavras e não das armas, desta comunidade que há muito se debate pela paz com justiça no seu território, bem como divulgar as violações de direitos humanos em território colombiano.

Acções semelhantes terão lugar, nesse mesmo dia, em Madrid, Berlim, Viena, Roma e San José de Apartadó.

Contamos com a vossa manifestação de solidariedade com o vosso apoio na luta contra a impunidade na Colômbia.

*Informação fornecida pelo Grupo de Amigos de San José de Apartadó

21 de Setembro
Dia de Acção pela Paz e contra a impunidade na Colômbia
Demonstrações públicas de apoio em Lisboa, Berlim, Madrid, Viena e Roma

Lisboa:
Largo de Camões
Convoca: Grupo de Amigos de San José de Apartado

Programa
(provisório):
16.00»
Acção simbólica de memória: pintura de pedras com os nomes dos membros da Comunidade de Paz assassinados, à semelhança do monumento existente em San José

17.00»
Artistas em solidariedade com San José: Demonstração de capoeira
17.30 »
Pintura das faixas alusivas a San José
18.30 »
Artistas em solidariedade com San José: Dança
19.00 »
Artistas em solidariedade com San José: Música com Al’Gazarra
19.45 »
Cadeias de fogo
20.00»
Fim do evento. Recolha dos desenhos, gravações vídeo e mensagens escritas

Em paralelo
(ao longo do evento):
» Banca de informações
com documentos sobre San José
» Gravação vídeo,
ao longo de toda a tarde, de mensagens de apoio a San José que serão
depois recompiladas em DVD

» Espaço para mensagens escritas
» Exibição de um documentário
sobre San José, caso se reúnam as condições para tal,
com legendagem em inglês.

17 de setembro de 2005

PobrezaZero » Manifesto

semear-solidariedade_logo
Mais de 900 Organizações Internacionais em estreita coordenação com organizações e movimentos sociais de base em mais de 100 países promovem a maior mobilização de sempre na história da luta contra a pobreza no mundo. A sociedade portuguesa não pode ficar indiferente.

Junta-te a nós e faz ouvir a tua voz!

Unindo as nossas vozes manifestamos:

QUE a persistência da pobreza e da desigualdade no mundo de hoje não tem justificação. Apesar dos esforços realizados durante décadas, a desigualdade entre ricos e pobres continua a aumentar. Hoje, mais de 3.000 milhões de pessoas carecem de uma vida digna por causa da pobreza. Fome, SIDA, analfabetismo, discriminação de mulheres e meninas, destruição da natureza, acesso desigual à tecnologia, deslocação maciça de pessoas devido aos conflitos, migrações provocadas pela falta de equidade na distribuição da riqueza a nível internacional… São as diferentes facetas do mesmo problema: a situação de injustiça que afecta a maioria da população mundial.

QUE o desenvolvimento sustentável no planeta está seriamente ameaçado porque um quinto da população mundial consome irresponsavelmente, com a consequente sobre-exploração de recursos naturais.

QUE as razões da desigualdade e a pobreza se encontram na forma como organizamos a nossa actividade política e económica. O comércio internacional e a especulação financeira que privilegia as economias mais poderosas, uma dívida externa asfixiante e injusta para muitos países empobrecidos, bem como um sistema de ajuda internacional escasso e descoordenado tornam a actual situação insustentável.

QUE para conseguir a eficácia das políticas de Desenvolvimento Institucional, o Desenvolvimento Humano Sustentável e Bens Públicos Globais é imprescindível implementar uma governação global democrática e participativa.

QUE o crescimento económico espectacular dos últimos anos não contribuiu para garantir os direitos humanos nem para melhorar as condições de vida em todas as regiões do mundo, nem para as pessoas, independentemente da sua condição, género, etnia ou cultura.

QUE lutar contra a pobreza, nas suas diferentes dimensões, significa actuar contra a exclusão das pessoas, a favor das garantias dos seus direitos económicos, sociais e culturais que se traduzem em protecção, trabalho digno, rendimento, saúde e educação, poder, voz, meios de subsistência sustentáveis, em condições de igualdade. É um compromisso irrenunciável e inadiável: toda a sociedade no seu conjunto é responsável pela sua concretização.

Unindo as nossas vozes queremos:

» MAIS AJUDA pública para o desenvolvimento, dando prioridade aos sectores sociais básicos, até alcançar o compromisso dos 0,7% do PIB.

» MELHOR AJUDA, desligada de interesses comerciais, orientada para os países mais pobres e coerente com os Objectivos do Milénio.

» MAIS COERÊNCIA nas diferentes políticas dos nossos governos para que todas elas contribuam para a erradicação da pobreza.

» PERDOAR A DÍVIDA: os países ricos, o Banco Mundial e o FMI devem perdoar a 100% a dívida dos países mais pobres.

» DÍVIDA POR DESENVOLVIMENTO: investir os recursos criados pelo perdão da dívida dos países pobres para alcançar os Objectivos do Milénio.

» MUDAR AS NORMAS DO COMÉRCIO internacional que privilegiam os países ricos e os seus negócios e impedem os governos dos países pobres de decidir como lutar contra a pobreza e proteger o meio ambiente.

» ELIMINAR OS SUBSÍDIOS que permitem exportar os produtos dos países ricos abaixo do preço de custo de produção, prejudicando o sustento das comunidades rurais nos países pobres.

» PROTEGER OS SERVIÇOS PÚBLICOS com o fim de assegurar os direitos à alimentação e o acesso à água potável e a medicamentos essenciais.

» FAVORECER O ACESSO À TECNOLOGIA por parte dos países menos desenvolvidos, de acordo com as suas necessidades, para que possam usufruir dos seus benefícios.

Lisboa, 1 de Julho de 2005

16 de setembro de 2005

Directamente da terra

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Produtora e vendedora dos seus produtos. Mercado de Vila Franca de Xira

A cada momento somos chamados à Consciência; para os nossos actos, quando respiramos, quando comemos, quando compramos. Neste acto 'aparentemente' banal, é importante que saibamos onde, como e por quem foram plantados, cuidados e colhidos os produtos que comemos. Todos os dias podemos tomar decisões conscientes e são esses 'pequenos' gestos que fazem TODA a diferença.
Hoje de manhã consegui esclarecer a minha querida mãe sobre as vantagens de comprar produtos aqui da terra. Ao fazê-lo, estive contribuindo conscientemente para a sustentabilidade económica, social e ambiental não só da minha região, como também do planeta.
Quando fazemos estas escolhas conscientes, estamos tomando uma importante decisão de Gestão; gestão das nossas vidas de da nossa qualidade de vida, medidas essas que terão um impacto maior do que imaginamos... como diz Marcos Arruda, economista e um dos grandes especialistas mundias da sócio-economia solidária, "a Economia Solidária (...) trata de muito mais do que a mera actividade de produzir para sobreviver. Ela é a arte da vida. Ela (eco=casa; nomia=gestão) desafia-nos a gerir e a cuidar das diversas casas que habitamos (o corpo, a casa da familia, a comunidade, o munícipio, o ecossistema, o pais e o planeta)".
Comprar, não tem que ser mais um acto vazio, um mera troca, mas sim mais uma oportunidade de nutrir o coração, enchendo-o de alegria, com a beleza e o carinho que é posto nessa troca; vejam o exemplo desta mulher, que vende o que produz (aqui bem perto de onde vende) e como se reflecte a forma de cuidar das frutas do seu pomar, com o cuidado da sua exposição na banca.
Por isso deixo um conselho: visitem mais os vossos mercados. Ao menos a percentagem que (suspostamente) pagamos 'a mais', não reverte para pagar o petróleo (necessário) para o transporte de alimentos, por avião, barco e camião, que segue para os hipermercados. Essa é a maior fatia do que pagamos quando pagamos os produtos que compramos nos hiper. A menor fatia desse preço, apregoado como 'mais baixo', vai para o agricultor. Comprando nos mercados, de preferência produtos da região, (quanto mais directo do produtor, melhor) estamos não só beneficiar o produtor, que vê o seu modo de vida preservado, como contribuimos para a sustentabilidade da agricultura tradicional, um gesto de dimensão sócio-económico-solidária que beneficia todo um ecossistema, da casa que é o nosso corpo, à casa de todos que é o planeta Terra; o seu bem estar também agradece!

14 de setembro de 2005

Continuem a mandar Postais!

POSTAL_VIA_PAZ
Roma: Via della Pace

Receber uma mensagem assim é de encher o coração.
Continuem a mandar mais postais destes!

De coração a coração: a prática

1_Ikebana
©Alexandre Pereira* arranjo de Ikebana

Celebro a alegria que sinto no coração pelo meu primeiro arranjo de Ikebana! Na verdade é um Moribana, que é uma variante do Ikebana... bom... a quem interessar aprofundar esse conhecimento, aconselho este livro maravilhoso.

São estes os momentos de reencontro com o Ser, que quero celebrar aqui e agora, de regresso ao coração; que esta felicidade, seja também a vossa felicidade!

Que possa ainda, ser estendida a todos os nossos amigos, familiares e companheiros de caminho, de todas as tribos que estão construindo uma via para a sustentabilidade do Planeta. Que essa felicidade seja extendida também a todos os seres sensíveis que habitam o planeta terra.

Que seja ainda entendida aos aos que nada têm, aos desconhecidos, e até mesmo aqueles que ainda não conseguimos perdoar.

Que esta felicidade seja um abraço cósmico de amor e de paz, no coração do universo.

Pintura com Carta Astrológica

Uma ideia muito bonita vinda da Tribo da Luz.
No seu longo caminho artístico,
Felippa Lobato tem procurado desenvolver um percurso em torno da evolução da Conciência humana. No seu mais recente projecto, Felippa, irá procurar mais uma vez, através da sua pintura, (www.art-for-all.com) integrar a dimensão da Conciência. Desta vez, a ideia é a de pintar a carta astrológica de uma pessoa, para que esta possa, ao contemplar este trabalho, "activar o despertar do ser que é, cumprindo de forma mais consciente a sua Existência".

Pintura_Carta_Astro©Fellipa Lobato

Para saber mais sobre este projecto, contacte directamente com a artista, telefonicamente para o 219240232, ou ainda por mail para
felippalobato@sapo.pt

12 de setembro de 2005

Até já companheiros da Tribo Verde

Terminou ontem, ao som das flautas mágicas de Rao Kyao, a Vegetariana 2005.
Grande encontro da "tribo Verde" que partilhou conhecimento, sabedoria, saber, sabor e amor. Foi um evento que mais uma vez comprovou a relevância desta iniciativa, fundamental para a sensiblização da população portuguesa destes (novos) modos de vida. Mais do que a cozinha vegetariana ou vegan, foi possível nutrir o corpo, a mente e espirito.
Tive oportunidade de participar ontem de duas importantes palestras da Ananda Marga, com Dada Dyanananda, sobre Yoga e Misticismo, que nos falou directo ao coração e a segunda orientada por Didi Ananda Tapati, que veio partilhar connosco uma nova visão revolucionária da Educação Neo-Humanista. Sai de taça a transbordar!

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©Site Vegetariana 2005

Entre encontros e abraços a amigos e companheiros que por aqui se cruzaram, foi tempo de reconfortar o corpo com um belíssimo jantar servido pelos irmãos da Ananda. Houve também a oportunidade de celebrar o (re)encontro com amigos perdidos no caminho, que tive oportunidade de rever aqui na Vegetariana, acompanhado pela magia sonora de Rao Kyao. Agradeço a este 'mago da flauta' que me levou de volta às memórias de comunhão e encontro, recordando os belos momentos vividos (particularmente) neste verão.
Depois de um concerto assim, ficou aquela energia que vêm quando não queremos ir embora, quando nos deixamos ficar num abraço mais prelongado, quando o que nos faz sentido dizer, não é - adeus, até para o ano! - mas sim - até já companheiros da Tribo Verde!

Dia de dádiva

À alguns meses atrás começei pondo em prática, todos os dias, uma das Sete Leis Espirituais do Sucesso de Deepack Chopra; embora nem sempre me lembre (ainda) e nem sempre esteja atento, hoje decidi fluir com a atenção. Estando com a minha 'taça' plena de Amor, hoje celebro a dádiva da amizade.
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Celebro o abraço, celebro o ombro de um amigo que é para sempre, daqueles que choram conosco as nossas lágrimas e riem com os nossos dentes, que brincam e chapinham com a nossa água. Daqueles que não têm horas para nos receber, daqueles em cujos corações parece haver sempre um lugar mágico que podemos visitar.
Celebro a dádiva da amizade, por todos aqueles outros seres que nos saúdam no dia; os animais que nos rodeiam com o seu latido feliz ou o seu miar languido, ou ainda aqueles outros que com o seu canto, nos fazem vibrar de alegria.
Celebro também a dádiva da amizade, estendendo a todos aqueles que ainda não encontraram amigo, aqueles que estão desamparados, abandonados e se vêem no fundo de um qualquer poço; celebro com esses seres, vítimas de muitas causas de sofrimento, a amizade maior
- a fraternidade - por também serem nossos irmãos.
Celebro ainda a dádivada amizade de toda a vida animada e inanimada no planeta Terra, de todos os seres sensíveis; dos rios, dos ocenanos, das montanhas, das pedras, da terra, da areia, das conchas, que em cada recanto da Gaia, nos dão a sua amizade, com a sua sombra, o seu chão, a sua segurança, que nos refrescam e abraçam como um colo de um útero que nos nutre e ama.
Celebro a dádiva da amizade cósmica de toda a energia manifesta aqui e agora neste presente, neste planeta azul pleno de vida.
Que este dia seja pleno de dádivas para todos.

9 de setembro de 2005

Reencontro com a Tribo Verde

Hey! Feliz por vos reencontrar meus irmãos da tribo Verde!
Hey! Sentimento de comunhão convosco, aqui reunidos de novo, juntos de novo.
Foi assim o reencontro, ontem na Vegetariana, em Oeiras. Foi bom rever tantos e tantas companheiros(as) de caminho, cada um(a) empenhado(a) na sua missão. Uns cuidando, outros curando, outros ainda servindo, divulgando novos modos de vida, novas formas de retorno à natureza, de retorno à essência.
Foi bom abraçar de novo a grande família da tribo Verde; o abraço da Helena, da Teresa, do Paulo, da Mila, da Isabel da Ana, do Bruno... tantos irmãos da tribo que se conhecem pelo o som de nascença de cada um.
Mundo de diversidade, com tantas coisas interessantes para ver, escutar e aprender. Foi por entre abraços, sorrisos, afectos e carinhos que reencontrámos o Dada da Ananda, servindo um belíssimo manjar vegetariano e vegan. Recomendo vivamente a visita à tenda dos irmãos da Ananda. Serão recebidos pelo sorriso aberto de coração do irmão Kalyanesh; a não perder! (o manjar e o sorriso).

harida
©site Vegetariana 2005

Depois podemos deixar-nos transportar pelos sons e odores do incenso que circulam pelo espaço do Jardim de Oeiras. Ontem escutámos os sons vindos do palco principal, tocados por Harida and Friends.
No fim da noite, não me despedi de todos os meus irmãos da tribo Verde, porque sei que irei voltar. Até já, reencontramo-nos na vegetariana mais logo!
Assim irei, hey! Ho!

7 de setembro de 2005

De coração a coração

Zen-A-Arte

Como algumas das flores com quem temos ainda o previlégio de compartilhar Vida neste planeta, este livro brinda-nos com um perfume suave e sereno de sabedoria milenar.
Zen e a Arte do Caminho das Flores, foi uma das minhas últimas deliciosas leituras. Um prazer para a mente e para o coração. Viagem à essência de uma das práticas do budismo Zen, encontro com a simplicidade e o silêncio da meditação ligada à milenar tradição da arte floral do Japão.
Depois de ler este livro, suspirei fundo e senti um verdeiro encontro do meu coração com o coração do livro.
Para quem procura a serenidade interior buscando inspiração nas tradições do Oriente.

O meu Mudita de hoje...

DESKBUDA01
Desktop Buda Karuna

No amor de Buda encontro o lugar do Outro.
No Mudita encontro a prática do amor ao próximo.
Que a tua felicidade seja a minha felicidade.
Que a tua dor seja a minha dor.
Que a minha alegria, seja a tua alegria.
Que esta alegria de ter aqui junto a mim este Buda de Karuna*
possa ser partilhada com todos os que visitam o semear*criatividade.
Que possas cantar o mantra de Buda no teu coração
e contribuir para as causas da felicidade
de todos os seres sensíveis.
Namaste!

*desktop desenhado a partir de uma belíssima foto tirada este Verão, em Karuna, por Jean Pierre

Para fazer download de uma versão do desktop com uma resolução 1280X854 pixel, por favor clique no link da imagem.

Vegetariana 2005

"Pela Terra do presente ao futuro!!! Sê tu próprio!!! Atreve-te a sonhar!!!"
É com este lema que irá decorrer a Vegetariana 2005, a partir de hoje, em Oeiras, e até ao próximo domingo.
Para quem já é vegetariano, ou que como eu, está fazendo a transição, esta será uma excelente oportunidade de tomar contacto com várias "áreas do conhecimento e práticas no âmbito da Saúde e Bem-Estar, Ecologia e Ambiente, Cultura e Entretenimento".
Poderá visitar vários expositores dos participantes com "produtos naturais, agricultura biológica, eco-arquitectura e eco-construção, energias renováveis, restaurantes vegetarianos, editores, livros e discos".
Como espaço de encontro, e de partilha desta outra forma de Ser e de estar na vida, estão previstas "mais de 80 palestras, cursos, actividades, demonstrações de culinária vegetariana e música ao vivo" ao longo dos dias em decorre este evento.

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©site Vegetariana 2005

Só para abrir o apetite dos mais gulosos por este 'prato de cultura', já amanhã Quinta, dia 8, poderão assistir ao concerto de Harida and Friends, música de "influências étnicas com um sabor meditativo".
No Sábado dia 10, teremos Dada Nabaniilananda, que nos irá transmitir "uma sensação energética de Paz", encerrando este verdadeiro manjar cultural no Domingo dia 11, Rão Kyao, inspirado pela música "Indiana, Árabe, Africana e Chinesa", traz-nos a sua flauta de bambu e o saxofone para uma a redescoberta dos sons do Oriente.
Todos os concertos às 21h. Mais informações no site da Vegetariana 2005.

Onde nasce este rio...

fluindodafonte
fluindo de novo...

Houve tempos em que perdi o rumo, que deixei de saber de onde vinha toda a energia vital que me deu força, coragem e me abriu o caminho para chegar à foz.
Houve tempos em que cheguei mesmo a acreditar que o rio tinha secado e não havia mais onde ir buscar a energia criativa que sempre trouxe comigo. Que mesmo nesses momentos de dúvida ou de estranheza, estava lá, fluindo naturalmente para onde era preciso.
Houve um tempo em que não soube mais onde estava a criatividade. Acreditei que se tinha perdido. Ouve mesmo tempos em que acreditei que nunca tinha existido e que tudo o que até então tinha realizado não passava de uma grande ilusão, como o algodão doce que se desfaz na boca e nos deixa os dedos pegajosos.
Ouve tempos em que pedi aos quatro ventos e a todas as direcções que apontassem para onde ficava a fonte, para que eu pudesse beber de novo de coração da criatividade, que pudesse sentir de novo correr-me nas veias a sua intensa energia.

Ouve tempos de grande silêncio.

Aí finalmente (re)encontrei de novo a fonte, onde até então não tinha procurado: dentro do Ser que já sou.

Decidi desde então que seria tempo de partilhar com os outros a minha experiência e a minha vivência, porque acredito hoje que todos temos essa mesma fonte, todos podemos beber dela. Que essa energia está em cada humano, e que essa dádiva pode e deve ser cultivada, nutrida, cuidada e disseminada.

Para isso temos que a semear!

Semear implica acção e requer capacidade de pôr a nossa visão em movimento, através da missão que aqui nos trás. Trazer a energia do Céu à Terra, criando um arco infinito por onde toda a energia possa ser canalizada para que cumpra um ciclo completo de fertilidade. Então depois de amadurecida, poderá ser colhida. Neste processo, é importante, cuidar também da preservação das sementes, para que a fonte não seque e se possa assim assegurar a preservação da energia por mais sete ciclos.
Criatividade é a energia que está em nós, que se expressa através da comunicação, que passa pelo quinto chakra, na garganta, que se articula com a nossa inteligência emocional. Toda a minha vida tenho procurado entender e compreender os mecanismos e o processo pelo qual podemos fazer fluir essa energia; como usufrir dela, e contribuir com essa mesma energia para a nossa harmonia interior e com o universo.
Assim, aqui estou semeando neste espaço, por onde desejo que fluam ideias, sonhos, pensamentos, esperanças, propostas alternativas, contributos para um mundo sustentável.
Que tudo corra neste rio com amor incondicional, coração aberto, escuta ao outro, partilha entre todos do Ser, do Saber e do Fazer de cada um.

Assim falei! Hey!

Começo com o "meu" pé direito...

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O meu pé esquerdo

Como se inicia uma viagem? Caminhando.
Tantas e tantas vezes me tenho colado esta pergunta ao longo dos anos neste Vida; caminhando fui entendendo.
Neste percurso que estou fazendo encontrei um pensamento sábio, vindo do Oriente, que me tem acompanhado nesta caminhada e conta a mesma história de uma outra maneira.

"Uma viagem de mil kilómetros começa com um passo"
Antigo provérbio Taoista