16 de setembro de 2005
Directamente da terra
Produtora e vendedora dos seus produtos. Mercado de Vila Franca de Xira
A cada momento somos chamados à Consciência; para os nossos actos, quando respiramos, quando comemos, quando compramos. Neste acto 'aparentemente' banal, é importante que saibamos onde, como e por quem foram plantados, cuidados e colhidos os produtos que comemos. Todos os dias podemos tomar decisões conscientes e são esses 'pequenos' gestos que fazem TODA a diferença.
Hoje de manhã consegui esclarecer a minha querida mãe sobre as vantagens de comprar produtos aqui da terra. Ao fazê-lo, estive contribuindo conscientemente para a sustentabilidade económica, social e ambiental não só da minha região, como também do planeta.
Quando fazemos estas escolhas conscientes, estamos tomando uma importante decisão de Gestão; gestão das nossas vidas de da nossa qualidade de vida, medidas essas que terão um impacto maior do que imaginamos... como diz Marcos Arruda, economista e um dos grandes especialistas mundias da sócio-economia solidária, "a Economia Solidária (...) trata de muito mais do que a mera actividade de produzir para sobreviver. Ela é a arte da vida. Ela (eco=casa; nomia=gestão) desafia-nos a gerir e a cuidar das diversas casas que habitamos (o corpo, a casa da familia, a comunidade, o munícipio, o ecossistema, o pais e o planeta)".
Comprar, não tem que ser mais um acto vazio, um mera troca, mas sim mais uma oportunidade de nutrir o coração, enchendo-o de alegria, com a beleza e o carinho que é posto nessa troca; vejam o exemplo desta mulher, que vende o que produz (aqui bem perto de onde vende) e como se reflecte a forma de cuidar das frutas do seu pomar, com o cuidado da sua exposição na banca.
Por isso deixo um conselho: visitem mais os vossos mercados. Ao menos a percentagem que (suspostamente) pagamos 'a mais', não reverte para pagar o petróleo (necessário) para o transporte de alimentos, por avião, barco e camião, que segue para os hipermercados. Essa é a maior fatia do que pagamos quando pagamos os produtos que compramos nos hiper. A menor fatia desse preço, apregoado como 'mais baixo', vai para o agricultor. Comprando nos mercados, de preferência produtos da região, (quanto mais directo do produtor, melhor) estamos não só beneficiar o produtor, que vê o seu modo de vida preservado, como contribuimos para a sustentabilidade da agricultura tradicional, um gesto de dimensão sócio-económico-solidária que beneficia todo um ecossistema, da casa que é o nosso corpo, à casa de todos que é o planeta Terra; o seu bem estar também agradece!
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