30 de janeiro de 2008

Falando, celebrando e sendo a Paz


Hoje, celebra-se nas escolas galegas, um dia especial pela paz: o dia da morte de M. Ghandi. No mesmo âmbito, o Seminário Galego de Educação para a Paz, organiza uma série de Conferências e Seminários em torno no mesmo tema, tendo iniciado ontem em Santiago, a primeira destas iniciativas, chamada de Diálogos Altermundialistas.
Escuto estas iniciativas com a paz-ciência que consigo,procurando na aprendizagem vivenciada ao longo destes últimos anos de caminho, e decorrente da aprendizagem na UNIPAZ - Universidade Internacional para a Paz.
Percebo que tenho ainda muito que aprender de Ghandi. Prefiro celebrar-lhe a vida que a morte. Percebo que o seu exemplo deixou muitos ensinamentos, que ainda hoje são válidos para as nossas vidas. Não apenas na busca da resolução pacífica de conflictos mundiais, ou regionais, mas essencialmente no seio de nós mesmos, dos conflitos intra e interpessoais. São esses a base de todos os conflitos maiores, que quantas vezes queremos ver resolvidos através de uma artilharia de acções diplomáticas e/ou humanitárias. Tantas vezes nos esquecemos de enviar missões humanitárias aos nossos corações.
Recordo a este propósito um ensinamento de Ghandi, quue dizia, que quando duas pessoas gritam entre si, num quaquer conflito interpessoal, é porque os seus corações estão afastados, e por isso precisam de gritar. Quanto mais alto gritam, mais afastados estão os seus corações.
Talvez, pudessemos iniciar a paz, por aí. Em primeiro, aproximarmo-nos mais do nosso próprio coração e escutá-lo com afecto, para que depois possamos escutar os corações que nos são mais próximos com a qualidade e a paz-ciência capaz de gerar paz ao nosso redor. Depois ir alargando essa qualidade de escuta à nossa família, á nossa empresa, ao nosso bairro, á nossa vizinhança, à nossa comunidade, região, país... essa é a paz que mais desejo mais o mundo.
Possa Ghandi continuar iluminando os nossos caminhos com a sua sabedoria, para encontremos a paz em cada um de nós mesmos. Assim seja a paz também um Outro Mundo Melhor.

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