5 de maio de 2008

Por uma nova economia ética - parte I

Assisti a semana passada a uma 'charla', em Santiago de Compostela, por Antoni Melé Cartaña, Director da sucursal de Barcelona do Banco ético, Triodos Bank.
Quero partihar agora a enorme satisfação que senti por ter tomado conhecimento da existência deste projecto europeu, que já tem alguns anos e que dedica parte importante da suas actividade a apoiar projectos como a Amnistia Internacional, ou a Oxfam, entre muitos outros projectos que contribuam de uma ou outra forma para elevar o nível de dignidade humana, o desenvolvimento sustentável e am protecção ambiental.
Mais que tudo quero manifestar a minha profunda admiração pela forma corajosa como falou Antoni. Sim, porque é de reconhecer que para um banqueiro, falar de ética, é preciso, no mundo de hoje ter coragem. Assim como em tudo o que façamos na vida; é preciso coragem e determinação para defender os valores de uma nova economia assente em valores éticos, que respeitem o ser humano na sua dignidade, que valorizem as ideias que contribuem verdadeiramente para a prosperidade social de todos, e não apenas o enrequecimento fácil de alguns, á custa naturalmente do planeta, dos muitos e muitos milhões de de seres humanos excluidos dessa mesma prosperidade.
Gostaria de partilhar aqui algumas das notas que tomei durante a conferência e que me parecem da máxima relevância partilhar com os meus queridos leitores.

Notas da "Conferência: Dinheiro e Consciência"
Vivemos uma época de contradições. Vivemos num Mundo de grandes contradições. Essas contradições não deixam de ser reflexo das nossas próprias contradições individuais. O dinheiro e o seu uso é só uma dessas muitas contradições.
Vejamos o mundo da ciência: vivemos uma das épocas mais fascinantes em termos de descobertas científicas. Viagens espaciais, descoberta da cadeia de ADN, supercomputadores, tecnologias avançadas aplicadas ás mais variadas áreas da actividade humana... nunca na história da humanidade, se avançou tanto e em tão pouco tempo no conhecimento científico e tecnológico. No entanto... somos incapazes de resolver problemas fundamentais para a sobrevivência do planeta, como as alterações climáticas! Como é que possível que tanto conhecimento científico, não seja capaz ce resolver os problemas desta planeta?
A pergunta que devemos fazer a nós mesmos é - que parte de responsabilidade tenho para o que o se está passando no mundo? A seguir deveremos perguntar - há algo que possa fazer para deter ou mudar esta situação?
Vejamos o mundo da medicina: nunca como na actulidade se conheceram tantos avanços médicos! Descobriram-se vacinas, medicamentos e cura para muitas das doenças mortais do século passado! No entanto... existem mais de 5 milhões de infectados com HIV, e aumentando todos os dias! Aumentam as doenças de disturbios psicológicos; nos países desenvolvidos, a anorexia/bulimia é uma doença em crescimento! A depressão é a primeira causa de baixa laboral em muitos paises, e o suicidio uma das primeiras causas de morte. Em Barcelona já é a primeira causa de morte! (n.r.) No Japão a questão foi recentemente discutida e está a preocupar bastante os seus governantes, que já discutem como adoptar medidas para impedir o seu crescimento!
A pergunta que devemos fazer a nós mesmos é - que parte de responsabilidade tenho no que se está passando? A seguir deveremos perguntar - há alguma coisa que possa fazer para mudar esta situação?

(seguirei com a publicação das notas desta conferência em futuros posts; entretanto permitam-se pensar nas perguntas que ficam aqui)

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