31 de maio de 2008
A nossa bússola está dentro de nós
Acabo de ler um livro que me tocou no que há de mais profundo do meu Ser - A Bússola Interior - de Álex Rovira Celma. Acredito que são os livros que nos encontram a nós e não o contrário (embora muitas vezes procuremos por eles). Este livro, encontrou-me, aqui em Santiago de Compostela, faz sensivelmente um mês. Não era um dia especialmente diferente dos outros. Não foi um encontro tipo "místico", assim do tipo, "estava eu numa velha e poeirenta livraria, quando me caiu este livro em cima...". Era um domingo chuvoso, e passei por acaso numa pequena feira do livro, que costuma acontecer, por aqui todos os anos. Na primeira banca onde passei, este livro estava lá, e conhecemo-nos.
Assim que o começei a ler, mexeu com todas as minhas células e activou a minha consciência. Faz tempo que não lia assim um livro, e que não lia um Livro assim! Mesmo em castellano, que não é a minha lingua materna, conseguiu abrir, página a página, o meu coração. As palavras faziam sentido e tocavam em coisas, que tinha já vivenciado nos últimos anos da minha vida, mas que pura e simplesmente estavam adormecidas, esquecidas... Depois de terminar o livro, quis voltar a relê-lo e a saboreá-lo, a degustar cada pensamento, cada página, cada linha, como se o estivesse lendo pela primeira vez.
Quero partilha-lo com todos aqueles que amo, amigos, conhecidos, pessoas que me lêem neste blog. Porque este é um livro que não vou esquecer. Sei que não foi escrito para "mim", e ao mesmo tempo sinto-o escrito para que o lê-se, para me encontra-se nele, para que me reencontra-se em cada uma das suas cartas.
Que possam disfrutar da descoberta da vossa bússola interior, e com isso devolver sentido para a vossa missão aqui e agora.
Aconselho ainda do mesmo autor, "A Boa Sorte", que li em Galego, e também me encantou!
Sites:
http://www.labrujulainterior.com
http://www.alexrovira.com
29 de maio de 2008
Alimentação no Mundo
O que comem numa semana:
Verifiquem a dimensão de cada familia em cada país, a sua disponibilidade financeira e o custo do que (podem) comer semanalmente.
**************************************************
1 » Alemanha: Familia Melander, Bargteheide
Gastos semanais em comida: 375.39 Euros
**************************************************
2 » EUA: Familia Revis, North Carolina
Gastos semanais em comida: 341.98 Euros
**************************************************
3 » Itália: Familia Manzo, Secília
Gastos semanais em comida: 214.36 Euros
**************************************************
4 » México: Familia Casales, Cuernavaca
Gastos semanais em comida: 120.6 Euros
**************************************************
5 » Polónia: Familia Sobczynscy, Konstancin-Jeziorna
Gastos semanais em comida: 96.4 Euros
**************************************************
6 » Egipto: Familia Ahmed, Cairo
**************************************************
7 » Equador: Familia Ayme, Tingo
Gastos semanais em comida: 20.1 Euros
**************************************************
8 » Butão: Familia Namgay, aldeia de Shingkhey
Gastos semanais em comida: 3.2 Euros
**************************************************
9 - Chade: Familia Aboubakar, campo Breidjing
Gastos semanais em comida: 0.78 Euros
21 de maio de 2008
Isaque Pinheiro em Santiago II
Já aqui divulguei informação sobre a exposição do artista plástico/visual (como assina no seu cartão pessoal) Isaque Pinheiro, um português que está marcando o mundo da arte internacional, com exposições em Espanha, Brasil, Holanda e noutros 'corrunchos' do mundo. Mais que tudo, não quero fazer aqui uma resenha de crítica artística, pois creio que outros, melhor do que eu saberão fazê-lo. Para mim o Isaque será sempre, um 'velho' colega de escola, um amigo de longa data e que nunca esqueço! O Isaque que eu conheci, e que tive a felicidade de reencontrar em vários momentos da minha caminhada, é um ser humano com uma visão peculiar do mundo, e que a espelha na sua obra. Uma visão desintelectualizada da arte, mas que tem coisas importantes para dizer ao mundo. Uma visão ainda e sempre, com a força da sua eterna juventude. Uma atitude, perante as coisas da vida, lideradas pela curiosidade e por um sentido de humor muito aguçado.
Foi bom reencontrar o Isaque aqui em Santiago. Pois veio relembrar-me uma frase que percorria os corredores da minha velha Faculdade de Belas Artes, que dizia - a arte não nos salva. Pois eu creio que o Isaque está com a sua arte, de alguma forma, sem que isso seja intencional no seu trabalho, a dar o seu contributo para a nossa salvação. A salvação da nossa eterna criança interior, que é ainda capaz de se surpreender e deixar comover pela linguagem da arte. Essa linguagem universal, que comunica directamente com os nossos corações e a nossa consciência.
Obrigado Isaque por caminhares por aqui.
Esposição de Isaque Pinheiro, na galeria Goran Govorcin, em Santiago de Compostela, até ao dia 5 de Junho.
Um blog de um projecto inovador... e Consciente
"In this new model, thinking about sustainability is shifted from pursuing funds to continue new programs to -- managing transitions within an ongoing change process. The three phases of Evolutionary Sustainability are Forecasting, Retaining, and Adapting. Developed and brought to you by Wholonomy Consulting Senior Partners Kate Kraft and Cassandra O'Neill."
Projectos como este, podem ser uma inspiração para aqueles empreendedores, com que me identifico, que buscam novas formas de actuar no mundo, com uma visão, missão e valores orientados pela ética em conexão com o desenvolvimento da Consciência.
20 de maio de 2008
Criactivismo
Criar é o verbo que está na origem de todas as coisas. A origem da vida é a criação. Tudo o que nos rodeia foi concebido, criado, a partir não só de um conjunto de 'leis' inexoráveis da Natureza, mas também em conexão com uma Consciência maior a que damos muitos nomes, de acordo com as nossas convicções, crenças e culturas. A criatividade é assim uma energia vital que se manifesta no primeiro momento em que algo nasce. Para nascer, para crescer, para aprender, para nos desenvolvermos, pomos permanentemente essa energia vital em acção.
A acção é o que nos faz crescer. Para nos movermos de um lado para o outro precisamos de desenvolver uma acção. Na nossa relação com o mundo, precisamos de activar as nossas funções vitais, assim como as nossas actividades motoras; mas também as nossas emoções, sentimentos, inteligência e intuição. A nossa mente em acção é pensamento. O pensamento transformado em ideia é co-criação, em acção é realização. Nesse processo entra também o nosso consciente assim como o nosso subconsciente. Esse diálogo, entre essas duas dimensões, contribui para o (re)encontro com a inteireza do Ser que somos.
O Criactivismo é uma visão para o mundo. Para transformar o Mundo que temos, através do activismo da consciência para uma mudança de paradigma. Um novo paradigma que restabeleça a harmonia entre o homem e a natureza de que é parte integrante. Uma visão que busca um desenvolvimento sustentável do planeta. Uma consciência social que busca mudanças radicais, que regressem á raiz e que devolvam ao ser humano a sua dignidade, liberdade e direitos fundamentais, em equidade com todos os outros seres sensíveis.
O Criactivismo quer ser a inspiração e o estímulo para um movimento global, que actue localmente com respeito á diversidade transcultural e biodiversa do planeta terra. O criactivismo busca inspiração nos movimentos baseados no novo paradigma que foram e são seus mestres, aportando experiências, vivências, sabedoria e conhecimento, na sua práxis e na sua ética.
O Criactivismo busca a aliança da consciência humana, através da criatividade, como caminho para uma tranformação global radical (que vá á raiz dos problemas). O mundo que temos já não funciona como está. Precisamos de ser criativos para o mudar. Precisamos de antes de tudo crer, para mudar, para transformar. Precisamos resgatar a nossa energia vital e pormo-nos em comum com outros humanos que estão nessa saga da transformação. Precisamos de activar as nossas mentes, os nossos corpos e os nossos espíritos para resgatar a herança que o Universo nos brindou – a nossa Consciência. Precimos de fazer do verbo a acção para a transformação – criactivar!
14 de maio de 2008
Trabalho de Equipa
Não é uma empresa, nem uma ONG, é uma ideia!
Uma ideia simples, fantástica, criada por um holandês, que merece ser divulgada e partilhada com o mundo. Com um site simples, mas muito eficaz, poderão ficar a saber tudo sobre como podem fazer a diferença com a vossa equipa!
Por uma nova economia ética - parte II
No plano Social nunca como hoje se teve tanta consciência social no mundo. Existem milhões de pessoas, voluntárias, trabalhadores sociais, activistas, que em várias áreas e que se mobilizam através de várias formas de participação e organização (associações, fundações, ONG's, projectos humanitárias, ambientalistas, de paz, etc), que dedicam o seu tempo, o seu talento ás causas sociais. Contribuem decisivamente para mudar o Mundo para um Mundo Melhor (ref. Livro: "Como Mudar o Mundo").
No entanto, nunca o mundo conheceu tantas guerras como hoje. Relembremos que apesar do movimento mundial pela paz, que movimentou milhões de pessoas em todo o mundo, nas principais capitais de vários paises, contra a guerra no Iraque; em 2003 (com a hoje conhecida mentira das armas químicas/destruição massiva), os EUA e os seus aliados invadiram o Iraque.
Vale a pena perguntar, com tantas manifestações, com tanta pressão pública, o que faltou para evitar a Guerra?
Hoje continuam a existir guerras, algumas ainda mais cruéis que a do Iraque. Em África, por exemplo no Sudão, já terão morrido mais pessoas que no Iraque e no entanto... é uma contradição!
As contradições são importantes para nos fazer despertar. Então mais uma vez a questão é - O que podemos fazer, que ainda não foi feito, para mudar esta situação?
Vejamos o Económico. Nunca no mundo houve tanto dinheiro a circular. Nunca houve tanta riqueza como hoje em dia. No entanto... nunca houve tanta pobreza no mundo como hoje! A pobreza é um problema de tal dimensão que levou a ONU a convocar o encontro do Milénio, ponde ficaram definidos os Objectivos do Milénio (2000 - 2015). Onde estamos em 2007? Quantos desses objectivos foram alcançados, na primeira metade do plano? Muito pouco! O que levou o novo secretário-geral da ONU a convocar nova reunião (e muitas outras se tem sucedido) para incentivar os países que se comprometeram unanimemente, a por em prática esses Objectivos. Não se fez nada? Sim! Basicamente caridadade. A realidade conta que as massas de pobreza são maiores e continuam a crescer. Três mil milhões de pessoas vivem na pobreza absoluta, e um mil milhões estão abaixo do limiar da pobreza absoluta. Então e perante esta situação o que fazemos? O que estamos fazendo mal? Que parte de responsabilidade temos nesta situação? O que podemos fazer para mudar a situação? Qual é ou quais sãos as causas desta situação? As causas podem resumir-se a duas:
A primeira que está relacionada com a segunda; o modelo socio-económico actual, que não funciona e continua a gerar pobreza, atraso social, guerras, destruição do planeta. Com este modelo chegámos ao cúmulo de perder a noção do que é um Ser Humano.
Isto está promeira questão, está ligada á segunda causa, que é a Educação. Que valores nos inocularam? Que o Ser Humano é basicamente um animal (Teoria da Evolução). Sobrevivem os mais fortes. Ou seja vivemos todos numa selva modernizada, a que chamamos Sociedade. Os valores do Mercado Livre, que se baseia nas "leis" da oferta e na procura. Mas que "leis" são essas? Que leis inexoráveis são essas? Leis enexoráveis só podemos reconhecer na Natureza! Valores inexoráveis, só podemos reconhecer a Liberdade e a Consciência. O tempo (metoreológico) que faz hoje, se chove ou faz sol, é inexorável. Já a queda das acções na Bolsa não o é. Se observarmos como são dadas as notícias de um e outro tema: são dadas da mesma forma! Como a Bolsa fosse regida pelas tais leis inexoráveis! Não o é!
Importa que relembrar que o que destingue o Ser Humano dos demais é a dignidade. Então haverá outra forma de funcionar? Sim!
Por exemplo, o que nos leva a concluir que o modelo competitivo actual regido pelas "leis" da oferta e da procura não vai de encontro á nossa juventude? Porque será que tanta gente jovem se droga? Porque está a aumentar a violência juvenil nas escolas e nas ruas? Porque é um reflexo da sua impotência perante este modelo socio-económico que não agrada aos jovens! O modelo da luta competitiva não agrada aos jovens. Este modelo está a trazer cada vez mais sofrimento aos nossos filhos. Porque este modelo está baseado no egoismo que foi a base de todo a história da Economia desde a sua fundação no séc. XIX.
Então que alternativa temos a este modelo económico? Uma economia ética e solidária! A primeira questão que nos temos que colocar é: a mim, o que me gostaria de fazer nesta vida? Buscar um sentido ético para essa vida, é ter a consciência que no mundo para além de mim, existem outros humanos e o planeta. Ter consciência que as minhas acções têm repercursão no planeta terra.
O como é que podemos contribuir para uma alternativa com o nosso dinheiro? Recordemos que o dinheiro nasceu como meio de troca. Numa relação existe sempre um intercambio, e o valor é aquilo que necessitas.
Então que possibilidades dá o dinheiro ao mundo? Trocar o meu trabalho em qualquer parte do mundo por aquilo que necessito (bens e/ou serviços). Foi o que o dinheiro permitiu ao longo da história - o intercambio entre pessoas. Os templários foram dos primeiros a emitir cheques!
O que se passa hoje com o dinheiro? 98% é electrónico! O que ampliou ainda mais a possibilidade de intercâmbio entre as pessoas. O principio é bom, mas o seu uso é mau. Como possiblididade é bom, mas as consequências do seu uso estão á vista. Porque perdemos a consciência dessa relação de troca com outras pessoas.
O dinheiro pode ser usado de três formas básicas: compra, poupança e doação. Normalmente em qualquer destes três usos básicos (possíveis) não somos conscientes do seu uso. É aqui que podemos realmente contribuir para uma mudança radical - através da consciência do dinheiro, de como o usamos, de como o poupamos e de como o doamos.
As três questões básicas que podemos colocar quanto ao uso da compra são: Porque compro? O que compro? Onde compro? Por isso surgir o movimento do Comércio Justo.
Porque quando compro é importante ter a consciência se realmente preciso do que estou a comprar. Porque é importante a consciência do que estou a comprar, se é um producto originário de uma fábrica que explora crianças na China ou na India, ou se é produzido com porcessos químicos que estão a contribuir (ainda mais) para a destruição do planeta, e para as alterações climáticas.
Quanto á poupança. Quando poupamos estamos conscientes do que poupamos? Porque poupamos? Para quê? Poupamos basicamente por medo do futuro! Exemplo disso, a frase que ouvimos e repetimos aos nosso filhos - tens que estudar porque amanhã não sabes se não perderás um bom emprego que precisa de gente com estudos!... - isto é a educação baseada no medo que nos ensinaram os nossos pais e que estamos a ensinar aos nossos filhos!
Os bancos apareceram por isso mesmo - pelo medo! Para poderem tranquilizar as pessoas quanto a esse medo - o medo do futuro.
Um banco (de forma muito simplificada) tem um funcionamento muito básico - recebe as as poupanças do poupador, e financia com esse dinheiro os empreendedores/empresários que precisam do dinheiro para por as suas ideias em marcha. A função básica do banco neste triângulo é a de garantir liquidez. Gerindo os interesses, que a parte de juro/percentagem de riqueza gerada pelo empresário depois de pedir o seu empréstimo. Aqui volta a questão da consciência. Como poupamos, onde poupamos? Que fundos de investimento apoiamos? Já alguém se questionou onde põe o seu dinheiro? Que interesses são gerados com as suas poupanças? Pois é preciso estão consciente que hoje, os negócios que mais dinheiro movimentam no mundo são a guerra, a droga e o sexo! Então será importante ter a consciência de analisar onde poupamos o nosso dinheiro, analisar os nosso fundos de investimento. Olhar para a lista de empresas que compõe esses fundos!
"O nosso dinheiro é a nossa força para mudar o mundo!" Usar o dinheiro com responsabilidade e consciência está nas nossas mãos!
Aqui podemos questionarmos - existem alternativas? Sim! A banca ética. Aqui consideremos a terceira forma dse uso do dinheiro - a doação. Quando doamos não somos conscientes. Doar é dar o nosso dinheiro a outro para que o outro faça coisas. Sabemos que coisas vai fazer o outro? Quando doamos é importante sabermos e exigirmos saber onde se gasta o nosso dinheiro! Até os nossos impostos são uma forma de doação. Deveriamos exigir saber para onde vão e como são gastos (se em educação, protecção ambiental ou em armamento, apoio a industrias poluentes...).
Para ser livre é preciso ser consciente. Por isso é importante fazer doações conscientes. (existe mesmo um movimento sobre o Testamento Consciente). Então concluindo, se o mundo está mal é porque a Banca (baseada no tal modelo sócio-económico) está mal. Mais de 98% do dinheiro que se move no mundo é especulação! Para entender a Economia haveria que olhar para exemplos vivos - como o Ser Humano. Olhar para o sangue, para o coração... o coração é um orgão consciente. Não existe célula no corpo onde não chegue o sangue. Assim deveria ser a economia. O sangue/dinheiro deveria chegar a todo o tecido social!
A banca ética como alternativa, procura desalojar o medo do subconciente humano. A banca ética, continua a ter a viabilidade e o beneficío económico como os demais bancos, mas com a ética de redistribuir perante o humano e o ambiental.
Assim nasceu o projecto Triodos Bank, que tem origem na palavra grega e que significa triplo caminho. Um caminho de apoio á cultura, ao ambiente e em particular ás energias renováveis, e como terceiro eixo o apoio a projectos sociais.
Esta a forma como acreditamos que com consciência podemos o usar o poder que o nosso dinheiro nos dá para transformar o mundo num mundo melhor.
5 de maio de 2008
Isaque Pinheiro em Santiago
Isaque Pinheiro, um (pequeno/grande) artista plástico português. Um colega de escola, um amigo de longa data e que nunca se esqueçe! A visitar na galeria Goran Govorcin, em Santiago de Compostela, até ao dia 5 de Junho.
(escreverei sobre este amigo, mais do que sobre o artista ou esta exposição)
Por uma nova economia ética - parte I
Quero partihar agora a enorme satisfação que senti por ter tomado conhecimento da existência deste projecto europeu, que já tem alguns anos e que dedica parte importante da suas actividade a apoiar projectos como a Amnistia Internacional, ou a Oxfam, entre muitos outros projectos que contribuam de uma ou outra forma para elevar o nível de dignidade humana, o desenvolvimento sustentável e am protecção ambiental.
Mais que tudo quero manifestar a minha profunda admiração pela forma corajosa como falou Antoni. Sim, porque é de reconhecer que para um banqueiro, falar de ética, é preciso, no mundo de hoje ter coragem. Assim como em tudo o que façamos na vida; é preciso coragem e determinação para defender os valores de uma nova economia assente em valores éticos, que respeitem o ser humano na sua dignidade, que valorizem as ideias que contribuem verdadeiramente para a prosperidade social de todos, e não apenas o enrequecimento fácil de alguns, á custa naturalmente do planeta, dos muitos e muitos milhões de de seres humanos excluidos dessa mesma prosperidade.
Gostaria de partilhar aqui algumas das notas que tomei durante a conferência e que me parecem da máxima relevância partilhar com os meus queridos leitores.
Notas da "Conferência: Dinheiro e Consciência"
Vivemos uma época de contradições. Vivemos num Mundo de grandes contradições. Essas contradições não deixam de ser reflexo das nossas próprias contradições individuais. O dinheiro e o seu uso é só uma dessas muitas contradições.
Vejamos o mundo da ciência: vivemos uma das épocas mais fascinantes em termos de descobertas científicas. Viagens espaciais, descoberta da cadeia de ADN, supercomputadores, tecnologias avançadas aplicadas ás mais variadas áreas da actividade humana... nunca na história da humanidade, se avançou tanto e em tão pouco tempo no conhecimento científico e tecnológico. No entanto... somos incapazes de resolver problemas fundamentais para a sobrevivência do planeta, como as alterações climáticas! Como é que possível que tanto conhecimento científico, não seja capaz ce resolver os problemas desta planeta?
A pergunta que devemos fazer a nós mesmos é - que parte de responsabilidade tenho para o que o se está passando no mundo? A seguir deveremos perguntar - há algo que possa fazer para deter ou mudar esta situação?
Vejamos o mundo da medicina: nunca como na actulidade se conheceram tantos avanços médicos! Descobriram-se vacinas, medicamentos e cura para muitas das doenças mortais do século passado! No entanto... existem mais de 5 milhões de infectados com HIV, e aumentando todos os dias! Aumentam as doenças de disturbios psicológicos; nos países desenvolvidos, a anorexia/bulimia é uma doença em crescimento! A depressão é a primeira causa de baixa laboral em muitos paises, e o suicidio uma das primeiras causas de morte. Em Barcelona já é a primeira causa de morte! (n.r.) No Japão a questão foi recentemente discutida e está a preocupar bastante os seus governantes, que já discutem como adoptar medidas para impedir o seu crescimento!
A pergunta que devemos fazer a nós mesmos é - que parte de responsabilidade tenho no que se está passando? A seguir deveremos perguntar - há alguma coisa que possa fazer para mudar esta situação?
(seguirei com a publicação das notas desta conferência em futuros posts; entretanto permitam-se pensar nas perguntas que ficam aqui)
As coisas tem uma história!
Poderão ainda visitar o site do projecto - www.storyofstuff.com - e colaborar com com o projecto da forma que vos parecer mais adequada.