"Por todo o lado encontrei magníficos sonhadores, homens e mulheres que porfiadamente acreditam nos seus sonhos."
Luis Sepúlvedra, in "O Poder dos Sonhos"
Por vezes sonhamos e encontramos nos sonhos dos "outros" o espelho daquilo que sonhámos.
Neste livro de Sepúlvedra, tenho-me (re)encontrado com esse lado sonhador, idealista, poeta, artista, conspirador e revolucionário (da consciência). Enfim, revi-me de novo nalguns dos mais belos sonhos da minha juventude.
Com os anos, muitos dos nossos sonhos acabam morrendo na praia, outros vão-se mudando para aquela parte da nossa consciência mais distante, aquela parte de nós que se esquece da essência de quem É.
Lembro-me dos muitos sonhos partilhados com companheiros, amigos e colegas de faculdade; artistas, designers, criativos, escritores, fotografos, criadores de mundos imaginários para um outro mundo diferente. Um mundo onde esta familia, esta tribo, esta comunidade, pudesse dar largas ao seu talento, as seus sonhos de um mundo mais belo, mais justo, mais equitativo, mais fraterno, mais livre. Entre tertúlias de amigos, tinhamos sonhos simples, como o de pudermos viver numa sociedade onde fosse possível a felicidade. Nada menos que isso. Onde fosse possível abraçar os nossos filhos a qualquer momento, a qualquer hora do dia, ir de bicicleta para o trabalho, sair de casa e ver o mar, andar com os pés nús no chão, trabalhar por prazer, viver todos os momentos de ócio com plenitude sem culpa nem julgamento.
Estes sonhos, eram sonhos simples, sonhos que não eram mais do que legítimos anseios de liberdade, fraternidade e igualdade. Como Supúlvedra, olho por vezes esse "passado", com alguma nostalgia. Pergunto-me por dentro - onde estão os meus companheiros de então? onde andarão os sonhadores de quem perdi o rasto?
O mais provável é que tenha sido eu a perder-me e não eles. O mais provável é que tenho sido eu a enterrar alguns dos meus mais belos sonhos de juventude. Na verdade, nunca desisti dos grandes sonhos, e já aqui escrevi recentemente sobre isso. Esse sonho maior de querer fazer a revolução da Consciência humana. Acredito hoje, pela minha própria vivência, pelo caminho percorrido, pelos sucessos e pelos fracassos, pelas alegrias e pelas tristezas, que a maior revolução a fazer é dentro e não fora de nós. Enquanto não conseguir mudar o "governo" interno da minha mente, do meu coração, enquanto a liberdade não for plena e inteira dentro de mim, dificilmente poderei partir para a revolução das Consciências do Mundo. Como dizia Ghandi, para que me torne aquilo que quero ver no mundo, tenho que Ser aquilo que quero ser no mundo.
li recentemente um livro extraordinário, de um homem, um ser humano, também ele fascinante - Augusto Curry. O livro chama-se "Nunca Desista dos Seus Sonhos", e foi uma dádiva, tê-lo encontrado na altura certa. Será mesmo provável que tenha sido o livro a "encontrar-me" a mim. O que importa, é que a mensagem contido neste livro teve um papel importante no momento em que o li. Abriu de novo as janelas da minha mente, que se tinham fechado à possiblidade de continuar sonhando.
Quantos de nós nos esquecemos dos nossos mais belos sonhos? Quanto de nós enterrámos sobre escombros de desilusões, de falhanços, de projectos por concretizar, os sonhos que nos fizeram crescer, que nos fizeram acreditar, que nos trouxeram até aqui?
Pois eu retomo a confiança nesses sonhos. Bem sei, que alguns me dirão, que as utopias morreram, que os "amanhãs já não cantam", que devemos resignar-nos ao pragmatismo, que a poesia é uma "lamechice", que o amor já é como na nossa juventude.
Bem sei a conotação que têem esse "amanhãs". Na verdade, é no "hoje" que quero continuar a sonhar, para o presente e não para um futuro que há-de vir. Aqui e agora! Com aqueles que ainda não desistiram, com aqueles que acreditam, que aprendem na queda e que crescem aprendendo com as suas falhas. Com aqueles que se guiam por valores que estão acima do sucesso a todo o custo, sacrificando inclusivé os seus sonhos.
Aos sonhadores que nunca desistem, manifesto a minha profunda admiração e gratidão. Porque sem esses sonhadores, o Mundo seria mais pobre, mais desumano, menos suportável (e também menos sutentável).
28 de novembro de 2006
A Partilha do Indivisível
"Uma exposição fotográfica e um livro também para relembrar a responsabilidade de estancar a violação insuportável da diginidade: o direito a um mínimo de bem estar, à educação, à igualdade de oportunidades, à maternidade e nascimento saudáveis, ao tratamento de doenças como a Sida ou a Malária, ao acesso à água e ao equilíbrio ambiental, às tecnologias e ao trabalho digno para os jovens. Sem discriminações. Sem fronteiras."
António Valente, produção de hortícolas com rega gota-a-gota do programa de micro-crédito da Associação Sol di Fogo, Patim
As objectivas de António Valente e Leão Lopes, captaram imagens a partir de Cabo Verde sobre os Objectivos do Milénio, um conjunto de oito metas de desenvolvimento específicos, a serem atingidas até 2015, fixadas na Cimeira do Milénio da ONU, que teve lugar em Setembro de 2000. Às fotografias juntaram-se os textos de Mário Lúcio, Fátima Bettencourt, Ana Paula Tavares, Teresa Montenegro, Alexandra Lucas Coelho, Carlos Narciso, Pedro Rosa Mendes, David Gakunzi. O desenho da exposição e o grafismo do livro são da autoria de Levina Valentim.
Os Objectivos do Milénio
1 - Reduzir para metade a pobreza extrema e a fome
2 - Alcançar o ensino primário universal
3 - Promover a igualdade entre os sexos
4 - Reduzir em dois terços a mortalidade infantil
5 - Reduzir em três quartos a taxa de mortalidade materna
6 - Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças graves
7 - Garantir a sustentabilidade ambiental
8 - Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento
Leão Lopes, construção de diques, Associação Valverde e Organização das Associações de Desenvolvimento da Ilhas de Santo Antão, Ribeira da Torre
A Partilha do Indivisível
Imagens dos Objectivos do Milénio a partir de Cabo Verde
Iniciativa da ACEP (Associação para a Cooperação entre os Povos)
com a colaboração do Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
R. da Palma, 246
Tel: 218 844 060
E-mail: arqmun.fotografico@cm-lisboa.pt
De seg. a sex., das 10h00 às 19h00 (última entrada às 18. 30h)
Texto divulgado por: Hérve Hette
Fonte: http://blogs.publico.pt/artephotographica
António Valente, produção de hortícolas com rega gota-a-gota do programa de micro-crédito da Associação Sol di Fogo, Patim
As objectivas de António Valente e Leão Lopes, captaram imagens a partir de Cabo Verde sobre os Objectivos do Milénio, um conjunto de oito metas de desenvolvimento específicos, a serem atingidas até 2015, fixadas na Cimeira do Milénio da ONU, que teve lugar em Setembro de 2000. Às fotografias juntaram-se os textos de Mário Lúcio, Fátima Bettencourt, Ana Paula Tavares, Teresa Montenegro, Alexandra Lucas Coelho, Carlos Narciso, Pedro Rosa Mendes, David Gakunzi. O desenho da exposição e o grafismo do livro são da autoria de Levina Valentim.
Os Objectivos do Milénio
1 - Reduzir para metade a pobreza extrema e a fome
2 - Alcançar o ensino primário universal
3 - Promover a igualdade entre os sexos
4 - Reduzir em dois terços a mortalidade infantil
5 - Reduzir em três quartos a taxa de mortalidade materna
6 - Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças graves
7 - Garantir a sustentabilidade ambiental
8 - Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento
Leão Lopes, construção de diques, Associação Valverde e Organização das Associações de Desenvolvimento da Ilhas de Santo Antão, Ribeira da Torre
A Partilha do Indivisível
Imagens dos Objectivos do Milénio a partir de Cabo Verde
Iniciativa da ACEP (Associação para a Cooperação entre os Povos)
com a colaboração do Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
R. da Palma, 246
Tel: 218 844 060
E-mail: arqmun.fotografico@cm-lisboa.pt
De seg. a sex., das 10h00 às 19h00 (última entrada às 18. 30h)
Texto divulgado por: Hérve Hette
Fonte: http://blogs.publico.pt
18 de novembro de 2006
Verdade(s) Inconvenientes(s)
A verdade de cada um é apenas um pedaço da Verdade. Ninguém por si só tem o poder de ter toda a verdade. A busca da verdade, é um caminho de encontro da consciência de cada um com a consciência do Outro e de todas essas consciências com uma consciência maior, seja ela social, filosófica, ecológica ou espiritual. Juntando a verdade de cada um a outras verdades, talvez possamos estar mais perto dessa Verdade maior, mais perto de uma consciência mais universal, capaz de preservar o Planeta Terra.
Partindo desta postura, quanto à questão do que pode ser o não a Verdade, ou se o aqui irei escrever, corresponde em absoluto à verdade, ou melhor ainda, a uma Verdade absoluta; quero assumir com humildade que esta é apenas uma visão que procura contribuir com o coração, para a reflexão e para a acção em defesa do ambiente e da casa comum que todos habitamos.
O projecto "Uma Verdade Inconveniente", de Al Gore (ex-vice-Presidente dos EUA), é apenas um das muitas verdades actuais sobre o tema das alterações climáticas. Num formato de conferência, documentário, livro, site, blog, etc, é uma acção que tem sido amplamente divulgada pelos media, um pouco por toda a blogesfera, e não quero por isso debruçar-me em particular sobre esta iniciativa que tem os seus méritos, e teve inclusivé aqui neste mesmo blog, um destaque sobre as acções que todos podemos tomar.
A partir da referência a essa(s)verdade(s) inconveniente(s) procurarei reflectir, ou enfocar mais sobre as possíveis soluções, do que sobre a realidade dos problemas. Caminhos que apontem direcções, que iluminem as nossas consciências sobre que rumo podemos tomar.
Neste momento presente existem algumas verdades inconvenientes que me levam a questionar o rumo que estamos tomando no Mundo actual.
As alterações climáticas fazem parte dessas verdades indesmentíveis. Este é um tema que toma parte nas nossas vidas de forma cada vez mais evidente, mais presente. Os fogos que nos cercam durante o Verão, com as temperaturas cada vez mais elevadas (de lembrar que ano passado tivemos as temperaturas mais elevadas das últimas décadas), as chuvas que invadem as nossas casas, em cada Inverno que passa.
Não são apenas os estudos, o relatório Stern, a Convenção Mundial (ONU) mundial para o Protocolo de Quioto, as recomendações de organismos internacionais, a investigação científica, ou mesmo as profecias de várias tradições espirituais (ex: calendário Maia) ou de alguns místicos do nosso e de outros tempos (ex: Nostradamus); o que nos alerta e denuncia esta verdade inconveniente está á vista de todos. Vivemos na pele as consequências de décadas de destruição da natureza, da incúria, da falta de modelos de ordenamento, de defesa e de respeito pelo nosso ecossistema.
» Uma em cada seis pessoas no mundo vive em condições de pobreza extrema, não tendo acesso a medicamentos nem à educação básica. Por outro lado, 12% da população global - o grupo dos 22 países mais ricos do mundo - consome 80% dos recursos naturais disponíveis. Em cada três segundos que passam, morre uma criança devido à pobreza extrema.
» Em Portugal, estima-se que cerca de dois milhões de portugueses vivem no limiar da pobreza (cerca de 20% do total da população). Existem quase meio milhão de desempregados inscritos nos centros de emprego; estima-se que este seja um valor sub-avaliado, tendo em conta o trabalho clandestino, as situações precárias, até a de profissões liberais que estão a ser afectadas quer pela crise económica, pelas alterações estruturais no mercado de trabalho, assim como a globalização económica mundial.
» Preve-se que em menos de duas décadas, apenas 1/3 da população mundial terá acesso a água potável. Neste momento é do conhecimento público que grandes multinacionais como a Nestlé, estão a comprar grandes reservas de água a nível mundial. Algumas notícias chegam um pouco de todo o mundo, sobre conflitos em torno da água. Preve-se que a água será o petróleo do séc. XXI, que poderá ser a "origem" de guerras com a que se vive hoje no Iraque ou no Afeganistão (motivada pela competição dos EUA e dos países mais ricos pela posse do "ouro negro").
» Os fogos destruiram em Portugal, entre 2003-2006, segundo dados publicados em Diário da República, 240 mil hectares de floresta (valores em média). Para além do desaparecimento de centenas de espécies animais e vegetais, únicas do ecossitema que abrange o território português. Centenas de famílias viram também, as suas vidas, os seus bens, as suas habitações, as suas produções agricolas destruidas.
» As alterações climáticas poderão causar em todo o mundo "maiores consequências do que as duas grandes guerras mundias (Stern)". Portugal está entre os países mais afectados pelas alterações climáticas, sendo que parte da costa portuguesa poderá (previsivelmente) desaparecer.
» A costa portuguesa, tem visto nas últimas décadas, uma destruição ambiental de proporções incalculáveis, com construção desordenada, destruição de dunas, falésias, áreas de nidificação de aves, habitat de espécies únicas da costa Atlântica. Alguns dos maiores crimes ambientais, como a lavagem tanques de navios ao largo da costa, de combustíveis altamente nocivos para o ambiente, são comuns e tem provocado acidentes de consequências catastróficas para o ambiente, as populações e as espécies animais e vegetais únicas desta região (o caso do Prestige, foi só a ponta do Iceberg).
» A situação das reservas ecológicas nacionais (REN) está ser ameaçada sistematicamente pelos interesses económicos, tendo vindo a ser desafectadas algumas das mais importantes áreas, para ali serem desenvolvidos projectos de construção massiva (algumas violando Plano de Ordenamento do Território, outras os Planos Directores Municipais - PDM), como é o caso mais recente, em Paços de Ferreira, onde se permitiu desanexar uma área da REN para a construção de uma unidade fabril da IKEA.
Poderia continuar a enunciar centenas e centenas de outras Verdades Inconvenientes, que não chegaria a esgotá-las a todas. Mas como disse no inicio, estes são os problemas que conhecemos com os quais tomamos contacto, quer por via directa, pela nossa vivência diária dessas situações, quer pelas notícias e pela informação que nos chega através dos media, da blogoesfera, por mail ou por sms.
Perante esta realidade o que podemos fazer? Estamos condenados a desaparecer deste extraordinário Planeta, pleno de Vida, que é um verdadeiro milagre no imenso universo (e que tão pouco conhecemos)? Até quando deixaremos que estas verdades continuem? Podemos aceitar em consciência que estas verdades prevaleçam, que estes problemas persistam? Podemos aceitar como verdades absolutas, sem alternativa, as "soluções" que têem sido apontadas como inevitáveis, em termos de modelos de desenvolvimento humano.
A humanidade tem todos os recursos de que necessita para mudar estas verdades. A riqueza que existe no planeta é suficiente para acabar com todas estas situações. O dinheiro gasto num só tanque de guerra (ex: Tanque M1A2 ABRAMS custa 8 milhões de euros) poderia alimentar alguns pequenos países durante um ano!!! O talento humano, o conhecimento científico, a sabedoria milenar, todo o saber acumulado ao longo da história da humanidade, permitiria resolver muitas das doenças mortais que afectam humanos, e muitas outras espécies...
O que quer que nos esteja "reservado" no futuro, nunca o saberemos. O único momento de que temos "certeza" é o Presente, o Aqui e Agora. Por isso tomemos este momento que temos aqui e agora, para sentirmos, reflectirmos e agirmos no presente. Não precisamos de fazer uma revolução mundial. Não precisamos, necessariamente, de derrubar governos, não precisamos de combater os "Big-Brothers" deste mundo (podemos, se for essa a via que escolhemos para a acção). Começemos antes de mais por fazer a grande e maior de todas as revoluções: a revolução das nossas Consciências. Que cada um de nós faça a sua gota de água, de pequenos passos. Passos que juntos, serão certamente capazes de gerar uma grande onda de mudança (por exemplo). Que esses gestos quotidianos inspirem outros a fazer as suas próprias revoluções, que tomem nas suas mãos a necessidade de preservar a Vida no Planeta, começando na sua casa interior, com a sua ecologia interior, alargando à familia, aos amigos, aos colegas da escola, da universidade, do trabalho. Que essa mudança na consciência se reflicta na ecologia social, no lugar onde habitamos, na nossa rua, no nosso bairro, na nossa localidade, na nossa região no nosso País.
Bem sei que sou um idealista, que não só acredita, mas que coloca na acção a sua gota de água. Sim, assumo que sou um sonhador, que não desiste do sonho de procurar soluções sustentáveis que possam, não necessariamente "lutar contra" as verdades que aqui descrevi, mas que tragam à consciência, outra forma de estar no mundo, que contribuia para a eliminação das causas do sofrimento e que nutram e alimentem as causas da felicidade deste maravilhoso organismo vivo que é o planeta Terra.
Acredito que neste mundo precisamos de ser muitos mais sonhadores juntos, que acreditem que um Outro Mundo Melhor é Possível. Que possamos unir-nos àqueles que já estão actuando no terreno da acção; desde acções mundiais da ONU, passando pelos empresários, aos movimentos de cidadãos em defesa da sustentabilidade, promovendo os seus princípios fundamentais: as Ecovilas, os Forúns Sociais, os movimentos contra a Fome Mundial, os movimentos que lutam pela utopia ecológica.
Que possamos comungar com todos aqueles que se juntam em movimentos de Paz, que apelam, que pedem, que oram e que rezam nos seus templos, que meditam e que seguindo a sua via espiritual, sejam eles cristãos, budistas, muçulmanos, hindus, taoistas, xamãs, ou de qualquer outra via, unindo-se no propósito de desenvolver a Paz no mundo.
Que possamos participar com a nossa Consciência (individual, social e universal) para que este Planeta possa ser sustentável, não apenas por mais uma, mas por outras sete gerações.
O que cada esteja disposto a mudar em si mesmo, é já um primeiro (grande) passo para sermos a mudança que queremos ver no mundo (Ghandi).
Que estas verdades inconvenientes, não retirem a capacidade imensa de co-criar com o Universo um outro Mundo melhor, não só porque é possível, como também, porque é absolutamente indispensável.
Pela minha parte assumo o compromisso que não desistirei de procurar, com criatividade, as soluções que possam contribuir para que essas verdades deixam de o ser. Procurarei trazer aqui ideias, propostas, opiniões, reflexões, que espero poderem ser enriquecidas com o contributo, não só dos companheiros que aqui escrevem comigo, mas de todos os que nos lêem, dos que nos escutam, mas também daqueles que ainda não sabem desta "Consciência" (Social).
Não desistirei desta missão, não desistirei deste sonho, enquanto a Vida correr nas minhas veias, enquanto o meu coração for o tambor da música que me vem da alma, fluindo amor e compaixão pelo planeta, que é casa comum de todos os meus irmãos, humanos, animais, plantas e todos os outros seres sensíveis.
*****
Este Post foi publicado em simultâneo no blog "Consciência Social"
17 de novembro de 2006
A imaginação das crianças
Foi num programa da 2: "Amazing Animal Inventions", que fiquei a conhecer um dos mais prodigiosos e imaginativos inventos humanos. Neste caso trata-se de um prótotipo de uma carro completamente ecológico movido a...hamsters!!!
Calma!!!... antes que os meus queridos amigos da defesa dos direitos dos animais me trucidem (ou me ponham a pedalar nalgo semelhante a este carro - lol), deixem-me dizer que esta foi uma ideia de duas crianças japonesas, de doze anos, que participaram num concurso promovido pela "Toyota Idea Olympics". Este concurso, dirigido às escolas e universidades, premeia anualmente ideias inovadoras para o desenvolvimento de carros ecológicos, tendo sido este ano, o "Hamster Car" – o grando vencedor do "Winner of Dream Car".
Não se assustem, porque os animais não são sujeitos a maus tratos, nem são obrigados a por o carro a andar, se não for essa a sua vontade. A ideia é muito simples, valoriza a amizade das crianças pelos pequenos ratinhos, criando-lhes um espaço com todas as comodidades e conforto, desde a ventilação à alimentação passando pela área de lazer, onde os pequenos roedores, costumam brincar na roda.
O mecanismo é simples: sempre que os ratinhos brincam na roda e exercitam os seus músculos, é gerada electricidade que é acumulada numa bateria. Quando a bateria indica num sensor que está carregada, o condutor pode iniciar a marcha, e acelarar à fantástica velocidade de 12 km/h!
Direi que não sendo ainda a solução perfeita, é uma ideia de grande genialidade; claro que podemos assumir que seria preferível não usar os ratinhos, ainda que a estes não seja inflingido sofrimento. Mas que é uma solução inteligente, que nos mostra o quanto temos que aprender com a criatividade das crianças, e como estas conseguem partilhar conosco ideias que podem abrir caminho a soluções para um mundo mais sustentável.
Capital Cultural
Andamos tantas vezes desiludidos, desacreditados, ou acreditando no inacreditável, de que quem se dedica á cultura, ou é um "parasita" ou é "subsídio-dependente" dos apoios "caridosos" do Estado, dos Institutos (do Estado), das Câmaras Municipais (excluindo a do Porto), de alguns Mecenas, e de algumas empresas interessadas nos benefícios fiscais (entre as quais, faça-se justiça, uma minoria que faz desse apoio uma aposta estratégica). Salvo alguns raros "carolas das artes" que se auto-financiam, e que tendo ou não pais ricos, (ou tendo, ou não ganho a lotaria), investem dos seus próprios recursos, o que tem e não tem para continuar contribuindo para o "bem comum" que é a cultura.
Tudo isto para dizer que se não tivesse lido pelo menos três vezes não teria acreditado!!! - foi capa do Público, "CULTURA COM MAIS PESO NA ECONOMIA EUROPEIA DO QUE SECTOR AUTOMÓVEL". Este foi o tema de destaque escolhido, na edição de ontem, e que no interior abre com um titulo ainda mais elucidativo - "É A CULTURA, ESTÚPIDO!" - para se referir a um estudo da União Europeia que faz uma avaliação (económica, diga-se, e pasme-se!) sobre o contributo das actividades culturais para o PIB da comunidade Europeia.
Não vos vou maçar com transcrições na integra do artigo, que podem ler, se acederem ao link que vos indico. No entanto não quero deixar de, a partir notícia, fazer o meu comentário sobre este tema, tantas vezes desprezado e maltratado pelos "poderes" instituidos no nosso, e noutros países.
Para quem, como eu, se dedica desde a sua juventude à cultura (no sentido mais lato), e ouve anos e anos a fio, de que a cultura é uma coisa subsidiária da economia de um país, que o dinheiro gasto com a cultura é um custo e não um investimento, é reconfortante ler notícias assim!
Quero manifestar o meu regojizo por saber, ao contrário do que apregoam nos últimos anos muitos arautos da gestão, das finança, do neo-liberalismo, das mentes obcurantistas, dos opinion-makers, dos "marketeiros", que a cultura confirma neste estudo o seu papel indesmentível para o desenvolvimento humano, em particular na Europa.
Que os artistas, escritores, poetas, criadores, designers, arquitectos, programadores culturais, fotógrafos, realizadores de cinema, e tantos e tantos milhares de talentos, saibam elevar a sua auto-estima. Que vejam finalmente reconhecido o seu contributo inestimável para o crescimento e a sustentação da economia da Europa, berço da cultura Ocidental. Que nunca mais esqueçam que o seu papel é mais importante que alguns dos mais previligiados sectores económicos, beneficiários de largos milhões de euros dos Estados da União, como o sector automóvel (largo contribuidor para as alterações climáticas), e que o resultado do seu trabalho é gerador de verdadeira riqueza, não só imaterial, como material e tangível, reflectida na capitalização económica de um país.
Que saibam defender o direito à cultura, a partir desta realidade indesmentível, como um dos mais elementares direitos humanos, gerador de igualdade e de desenvolvimento para os povos.
Que deixemos a "vergonha", a "culpa" de lado, e de uma vez por todas assumamos orgulhosamente (nunca esquecendo a humildade) de que como agentes culturais, somos criadores de riqueza, e que esse capital (incalculável para lá de todos os estudos), é merecedor de respeito, e mereçe ser apoiado, pois só poderemos continuar concretizando o sonho de evolução da humanidade, que caminha para uma outra consciência social, mais justa e mais equitativa.
Que saibamos exigir àqueles que nos representam e detém o poder político e económico, as devidas contrapartidas, apoios e investimentos, que espelhem o contributo que damos ao desenvolvimento da Europa (a França lidera com 3,4 e Portugal com 1,4 por cento do PIB). Que os governos, e os organismos europeus, os orgãos de decisão da CE, em particular os que tutelam as finanças, reflictam sobre este estudo, e tomem medidas concretas, e passem à acção.
Que tenhamos o merecido investimento na cultura, que mais do que exigência, é uma necessidade indispensável, para a sustentabilidade das economias europeias, e um inestimável (e agora, indesmentível) contributo para o desenvolvimento sustentável do Planeta.
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Tudo isto para dizer que se não tivesse lido pelo menos três vezes não teria acreditado!!! - foi capa do Público, "CULTURA COM MAIS PESO NA ECONOMIA EUROPEIA DO QUE SECTOR AUTOMÓVEL". Este foi o tema de destaque escolhido, na edição de ontem, e que no interior abre com um titulo ainda mais elucidativo - "É A CULTURA, ESTÚPIDO!" - para se referir a um estudo da União Europeia que faz uma avaliação (económica, diga-se, e pasme-se!) sobre o contributo das actividades culturais para o PIB da comunidade Europeia.
Não vos vou maçar com transcrições na integra do artigo, que podem ler, se acederem ao link que vos indico. No entanto não quero deixar de, a partir notícia, fazer o meu comentário sobre este tema, tantas vezes desprezado e maltratado pelos "poderes" instituidos no nosso, e noutros países.
Para quem, como eu, se dedica desde a sua juventude à cultura (no sentido mais lato), e ouve anos e anos a fio, de que a cultura é uma coisa subsidiária da economia de um país, que o dinheiro gasto com a cultura é um custo e não um investimento, é reconfortante ler notícias assim!
Quero manifestar o meu regojizo por saber, ao contrário do que apregoam nos últimos anos muitos arautos da gestão, das finança, do neo-liberalismo, das mentes obcurantistas, dos opinion-makers, dos "marketeiros", que a cultura confirma neste estudo o seu papel indesmentível para o desenvolvimento humano, em particular na Europa.
Que os artistas, escritores, poetas, criadores, designers, arquitectos, programadores culturais, fotógrafos, realizadores de cinema, e tantos e tantos milhares de talentos, saibam elevar a sua auto-estima. Que vejam finalmente reconhecido o seu contributo inestimável para o crescimento e a sustentação da economia da Europa, berço da cultura Ocidental. Que nunca mais esqueçam que o seu papel é mais importante que alguns dos mais previligiados sectores económicos, beneficiários de largos milhões de euros dos Estados da União, como o sector automóvel (largo contribuidor para as alterações climáticas), e que o resultado do seu trabalho é gerador de verdadeira riqueza, não só imaterial, como material e tangível, reflectida na capitalização económica de um país.
Que saibam defender o direito à cultura, a partir desta realidade indesmentível, como um dos mais elementares direitos humanos, gerador de igualdade e de desenvolvimento para os povos.
Que deixemos a "vergonha", a "culpa" de lado, e de uma vez por todas assumamos orgulhosamente (nunca esquecendo a humildade) de que como agentes culturais, somos criadores de riqueza, e que esse capital (incalculável para lá de todos os estudos), é merecedor de respeito, e mereçe ser apoiado, pois só poderemos continuar concretizando o sonho de evolução da humanidade, que caminha para uma outra consciência social, mais justa e mais equitativa.
Que saibamos exigir àqueles que nos representam e detém o poder político e económico, as devidas contrapartidas, apoios e investimentos, que espelhem o contributo que damos ao desenvolvimento da Europa (a França lidera com 3,4 e Portugal com 1,4 por cento do PIB). Que os governos, e os organismos europeus, os orgãos de decisão da CE, em particular os que tutelam as finanças, reflictam sobre este estudo, e tomem medidas concretas, e passem à acção.
Que tenhamos o merecido investimento na cultura, que mais do que exigência, é uma necessidade indispensável, para a sustentabilidade das economias europeias, e um inestimável (e agora, indesmentível) contributo para o desenvolvimento sustentável do Planeta.
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11 de novembro de 2006
As 21 Leis do Universo
Vai um pouco de metafísica...
São algumas das Leis mais importantes do Universo.
1- Lei da Atracção: aquilo que focas a tua atenção atrais. Seja coisas positivas ou negativas. Exemplo: se fores amoroso atrais amor e experiências de amor
2- Lei da Resistência: aquilo que resistes e receias atrais uma vez mais. Assim se assegura que a pessoa se livre dos seus medos lidando com eles.
3- Lei da Reflexão: aquilo que aprecias, receias ou desgostas nos outros tens em ti, e vice-versa. A pessoa apenas projecta no outro a parte de si que não torna consciente. Aquilo que resistes em ti, receias nos outros. Alguns ramos da Psicologia actual lidam com esta lei.
4- Lei da Manifestação: tudo se inicia com um pensamento, uma ideia. Quanto mais forte, mais repetitivo é este, mais depressa e imediatamente se manifesta. O pode criativo ilimitado que temos pode ser trabalhado e assim a pessoa subir acima das suas limitações.
5- Lei do Livre Arbítrio: em última análise, somos nós que criamos totalmente os nossos destinos. Apesar de haver destino, é dada a liberdade à pessoa de agir perante os eventos como quiser. Assim, desenvolvendo consciência elevada, desapego às coisas e aos resultados e às expectativas e cultivando acções positivas, elimina-se consequências desfavoráveis e perpectivas menos positivas.
6- Lei da Consequência: tudo surge de algo original anterior, cada evento, cada pensamento causa uma consequência (positiva ou negativa ao nosso julgamento). Assim executar actos negativos atrai actos negativos e actos positivos atrai de futuro actos positivos. Exemplo: se roubares acabarás por ser roubado em algo porque causaste uma desestabilização da harmonia do sistema universo. De maneira que um dia nos cansámos dos actos negativos, acabamos mais tarde por eliminar estes por nos surgirem consecutiva e repetidamente (seja como indivíduos ou como espécie humana). A Lei decorre eternamente até a transcendermos.
7- Lei da Harmonia: deriva da anterior, porque no universo tudo tenta atingir o equílibrio e a harmonia. Veja-se o caso do Planeta Terra e da Natureza!
8- Lei da Sabedoria e Conhecimento: a sabedoria elimina as consequências negativas na vida. Exemplo: ao aprendermos a lidar com sensatez sobre as diveras coisas da vida com amor, consciência e dedicação, podemos ultrapassar a dor (e sorrir...)
9- Lei do Retorno e da Dádiva: um pouco similar às anteriores, aquilo que dás acabas por receber mais. Se dou mais amor e devoção de mim aos outros, mais receberei em retorno.
Comentário: se der soluços será que os outros vão dar também?
10-Lei da Evolução e Propósito: esta é a mais complicada de engulir para muitos cientistas. A evolução do Universo e da vida não acontece ao acaso. Existe um propósito e tudo é orquestado de um modo espantosamente inteligente. Questão: como surgiu o DNA? Como surgiu a célula?
A evolução é no sentido da Consciência, do poder criativo e de manifestação. A evolução é no sentido do Amor.
11- Lei da Energia: como afirmam os físicos e em especial os físicos quânticos, tudo no universo é energia. E toda a energia é vibração. É apenas diferença em vibração que faz diferir cada coisa e cada ser. No Universo, a energia não se cria, não se perde, apenas se transforma. Isso aplica-se a tudo, inclusivé à consciência. As diferenças na vibração fazem mudar as propriedades das coisas de forma que parecem diferentes à nossa percepção. Deste modo e evidentemente, há coisa que não são observáveis pela nossa percepção mas claro continuam e existir (exemplo: UVs, electricidade...) Deste modo, formas de ser e objectos podem não ser manifestadamente visíveis mas mesmo assim existentes! Ou não são vísiveis mas são "sentíveis"
Mais harmonia faz, de acordo com a lei anterior, propulsionarmos a patamares de evolução mais elevados por simples naturalidade do universo.
12- Lei do Desapego: é na resistência que está a causa de todos os nosso sofrimentos. Só porque resistimos com apego aquilo que já não funciona ou não é suposto possuirmos (na verdade não é suposto possuirmos nada). A aceitação das coisas, e nomeadamente da mutabilidade das coisas, dá-nos paz por sabermos que nada possuimos e tudo "desaparece" pois lentamente transforma-se. Cultivando esta atenção podemos ser mais facilmente felizes.
Comentário: é desta que as listas de compras vão reduzir-se! Lol
13- Lei da Gratitude: quanto mais dás, mais recebes. (Eu sei, eu sei, estou a repetir-me), o quanto mais dás, mais receberás (seja do que for e em que for)
Não vou brincar, mas na verdade dou muitas esmolinhas e na verdade vivo bem abastado.
14- Lei da Associação (da Exponencionalidade): simples- quando dois se juntam com o mesmo propósito ou intenção, a força é duplamente mais eficaz. Quando milhares se juntam, a força é enorme. Podemos criar satisfação global para todos deste modo.
15- Lei do Amor Incondicional: a expressão do amor incondicional proporciona mais harmonia. Passo a explicar. Amor incondicional é aquele que dás sem pedir ou esperar nada em troca. Visto que assim é livre de medos, mais espaço para amor crias e mais facilidade de expressão de amor incondicional fica estabelecida. Conselho: ideal para as relações amorosas
16- Lei da Afinidade: não me vou atrever a explicar, só digo que explica o sexo!
(tudo na vida não acontece por mero acaso, há afinidades que explicam propósitos e consequências ou o reverso, bem, não importa a ordem, perceberam não perceberam?)
17- Lei da Abundância: esta é para os políticos! E povo claro. Nós criamos a realidade que queremos. Ou melhor... Nós vemos a realidade que queremos. Mas a realidade que este universo é um universo de abundância. Veja-se a sua imensidão! Veja-se a quantidade de recursos que a Terra nos dá. Veja-se o quão pouco realmente necessitámos! Todos os seres humanos contém em si tudo e todo o potencial para fazer das suas vidas um paraíso ilimitado e de grande felicidade. No entanto a generalidade da espécie humana escolhe ver um planeta de escassez e assim cria a sua ilusória realidade. Exemplo: o planeta Terra contém 1,260,000,000,000,000,000,000 litros de água e 1,873,420,000,000 tonelada de biomassa em solo firme. Exemplo2: é muito simples plantar cenouras ou criar galinhas e as cenouras crescem à custa de 99% de água e ar. Lírico? Eu? Donde julgas que vem toda a tua comida?
18- Lei da Ordem Universal: basta estudar cosmologia (tou a brincar!.... ou não). Quando estudei biologia durante a universidade (e agradeço ao universo por tal oportunidade) fiquei surpreendido com a complexidade, ordem e propósito de todas as coisas que compõe o corpo, desde os orgãos às células, das moléculas aos átomos. Nada acontece por acaso. Tudo tem um propósito. Tudo serve outra coisa qualquer. A vida é funcional, adaptável e sustentável. Qualquer falta de balanço neste sistema apenas causa o sistema a tentar adaptar-se a ficar funcional e sustentável de novo (xiii... que erro foi ter queimado o petróleo todo). Não existem erros nem acasos como disse. Todas as lições são aprendidas e o propósito da evolução é seguido.
Como Agostinho da Silva disse: a tua maior liberdade está em escolheres seguir alegremente o teu destino, cumprindo-te.
19- Lei da Unidade: é apenas por simples ilusão humana que parecemos separados ou as nossas consciências (e existências) parecem separadas
20- Lei do Compromisso: não sabia que nome dar a esta lei. Devido à lei anterior, uma forma de consciência só consegue ser realmente livre e totalmente realizada em felicidade quando conseguir libertar e dar essa felicidade a todos os outros seres. Por virtude da lei do Propósito, parece-me que a energia do universo quer andar sempre no sentido do Amor e tal acontecerá mais tarde ou mais cedo na história do universo
21- Lei da Eternidade: na realidade não existe tempo. Basta usar um relógio e ver os ponteiros. Sim os ponteiros movem-se mas também o sol se move, também os meus dedos se movem. E também o tempo se move. Nota: onde estou eu? Aqui! Onde estava eu? Ainda estás aqui. Onde estarei eu? Olha, ainda estás aqui. Aqui, aqui, aqui. Agora, agora, agora. Já sabem a dica para viver? Amor incondicional.
São algumas das Leis mais importantes do Universo.
1- Lei da Atracção: aquilo que focas a tua atenção atrais. Seja coisas positivas ou negativas. Exemplo: se fores amoroso atrais amor e experiências de amor
2- Lei da Resistência: aquilo que resistes e receias atrais uma vez mais. Assim se assegura que a pessoa se livre dos seus medos lidando com eles.
3- Lei da Reflexão: aquilo que aprecias, receias ou desgostas nos outros tens em ti, e vice-versa. A pessoa apenas projecta no outro a parte de si que não torna consciente. Aquilo que resistes em ti, receias nos outros. Alguns ramos da Psicologia actual lidam com esta lei.
4- Lei da Manifestação: tudo se inicia com um pensamento, uma ideia. Quanto mais forte, mais repetitivo é este, mais depressa e imediatamente se manifesta. O pode criativo ilimitado que temos pode ser trabalhado e assim a pessoa subir acima das suas limitações.
5- Lei do Livre Arbítrio: em última análise, somos nós que criamos totalmente os nossos destinos. Apesar de haver destino, é dada a liberdade à pessoa de agir perante os eventos como quiser. Assim, desenvolvendo consciência elevada, desapego às coisas e aos resultados e às expectativas e cultivando acções positivas, elimina-se consequências desfavoráveis e perpectivas menos positivas.
6- Lei da Consequência: tudo surge de algo original anterior, cada evento, cada pensamento causa uma consequência (positiva ou negativa ao nosso julgamento). Assim executar actos negativos atrai actos negativos e actos positivos atrai de futuro actos positivos. Exemplo: se roubares acabarás por ser roubado em algo porque causaste uma desestabilização da harmonia do sistema universo. De maneira que um dia nos cansámos dos actos negativos, acabamos mais tarde por eliminar estes por nos surgirem consecutiva e repetidamente (seja como indivíduos ou como espécie humana). A Lei decorre eternamente até a transcendermos.
7- Lei da Harmonia: deriva da anterior, porque no universo tudo tenta atingir o equílibrio e a harmonia. Veja-se o caso do Planeta Terra e da Natureza!
8- Lei da Sabedoria e Conhecimento: a sabedoria elimina as consequências negativas na vida. Exemplo: ao aprendermos a lidar com sensatez sobre as diveras coisas da vida com amor, consciência e dedicação, podemos ultrapassar a dor (e sorrir...)
9- Lei do Retorno e da Dádiva: um pouco similar às anteriores, aquilo que dás acabas por receber mais. Se dou mais amor e devoção de mim aos outros, mais receberei em retorno.
Comentário: se der soluços será que os outros vão dar também?
10-Lei da Evolução e Propósito: esta é a mais complicada de engulir para muitos cientistas. A evolução do Universo e da vida não acontece ao acaso. Existe um propósito e tudo é orquestado de um modo espantosamente inteligente. Questão: como surgiu o DNA? Como surgiu a célula?
A evolução é no sentido da Consciência, do poder criativo e de manifestação. A evolução é no sentido do Amor.
11- Lei da Energia: como afirmam os físicos e em especial os físicos quânticos, tudo no universo é energia. E toda a energia é vibração. É apenas diferença em vibração que faz diferir cada coisa e cada ser. No Universo, a energia não se cria, não se perde, apenas se transforma. Isso aplica-se a tudo, inclusivé à consciência. As diferenças na vibração fazem mudar as propriedades das coisas de forma que parecem diferentes à nossa percepção. Deste modo e evidentemente, há coisa que não são observáveis pela nossa percepção mas claro continuam e existir (exemplo: UVs, electricidade...) Deste modo, formas de ser e objectos podem não ser manifestadamente visíveis mas mesmo assim existentes! Ou não são vísiveis mas são "sentíveis"
Mais harmonia faz, de acordo com a lei anterior, propulsionarmos a patamares de evolução mais elevados por simples naturalidade do universo.
12- Lei do Desapego: é na resistência que está a causa de todos os nosso sofrimentos. Só porque resistimos com apego aquilo que já não funciona ou não é suposto possuirmos (na verdade não é suposto possuirmos nada). A aceitação das coisas, e nomeadamente da mutabilidade das coisas, dá-nos paz por sabermos que nada possuimos e tudo "desaparece" pois lentamente transforma-se. Cultivando esta atenção podemos ser mais facilmente felizes.
Comentário: é desta que as listas de compras vão reduzir-se! Lol
13- Lei da Gratitude: quanto mais dás, mais recebes. (Eu sei, eu sei, estou a repetir-me), o quanto mais dás, mais receberás (seja do que for e em que for)
Não vou brincar, mas na verdade dou muitas esmolinhas e na verdade vivo bem abastado.
14- Lei da Associação (da Exponencionalidade): simples- quando dois se juntam com o mesmo propósito ou intenção, a força é duplamente mais eficaz. Quando milhares se juntam, a força é enorme. Podemos criar satisfação global para todos deste modo.
15- Lei do Amor Incondicional: a expressão do amor incondicional proporciona mais harmonia. Passo a explicar. Amor incondicional é aquele que dás sem pedir ou esperar nada em troca. Visto que assim é livre de medos, mais espaço para amor crias e mais facilidade de expressão de amor incondicional fica estabelecida. Conselho: ideal para as relações amorosas
16- Lei da Afinidade: não me vou atrever a explicar, só digo que explica o sexo!
(tudo na vida não acontece por mero acaso, há afinidades que explicam propósitos e consequências ou o reverso, bem, não importa a ordem, perceberam não perceberam?)
17- Lei da Abundância: esta é para os políticos! E povo claro. Nós criamos a realidade que queremos. Ou melhor... Nós vemos a realidade que queremos. Mas a realidade que este universo é um universo de abundância. Veja-se a sua imensidão! Veja-se a quantidade de recursos que a Terra nos dá. Veja-se o quão pouco realmente necessitámos! Todos os seres humanos contém em si tudo e todo o potencial para fazer das suas vidas um paraíso ilimitado e de grande felicidade. No entanto a generalidade da espécie humana escolhe ver um planeta de escassez e assim cria a sua ilusória realidade. Exemplo: o planeta Terra contém 1,260,000,000,000,000,000,000 litros de água e 1,873,420,000,000 tonelada de biomassa em solo firme. Exemplo2: é muito simples plantar cenouras ou criar galinhas e as cenouras crescem à custa de 99% de água e ar. Lírico? Eu? Donde julgas que vem toda a tua comida?
18- Lei da Ordem Universal: basta estudar cosmologia (tou a brincar!.... ou não). Quando estudei biologia durante a universidade (e agradeço ao universo por tal oportunidade) fiquei surpreendido com a complexidade, ordem e propósito de todas as coisas que compõe o corpo, desde os orgãos às células, das moléculas aos átomos. Nada acontece por acaso. Tudo tem um propósito. Tudo serve outra coisa qualquer. A vida é funcional, adaptável e sustentável. Qualquer falta de balanço neste sistema apenas causa o sistema a tentar adaptar-se a ficar funcional e sustentável de novo (xiii... que erro foi ter queimado o petróleo todo). Não existem erros nem acasos como disse. Todas as lições são aprendidas e o propósito da evolução é seguido.
Como Agostinho da Silva disse: a tua maior liberdade está em escolheres seguir alegremente o teu destino, cumprindo-te.
19- Lei da Unidade: é apenas por simples ilusão humana que parecemos separados ou as nossas consciências (e existências) parecem separadas
20- Lei do Compromisso: não sabia que nome dar a esta lei. Devido à lei anterior, uma forma de consciência só consegue ser realmente livre e totalmente realizada em felicidade quando conseguir libertar e dar essa felicidade a todos os outros seres. Por virtude da lei do Propósito, parece-me que a energia do universo quer andar sempre no sentido do Amor e tal acontecerá mais tarde ou mais cedo na história do universo
21- Lei da Eternidade: na realidade não existe tempo. Basta usar um relógio e ver os ponteiros. Sim os ponteiros movem-se mas também o sol se move, também os meus dedos se movem. E também o tempo se move. Nota: onde estou eu? Aqui! Onde estava eu? Ainda estás aqui. Onde estarei eu? Olha, ainda estás aqui. Aqui, aqui, aqui. Agora, agora, agora. Já sabem a dica para viver? Amor incondicional.
10 de novembro de 2006
Quando "jogar bonito" é Jogar Bonito!
Li recentemente na revista do Correio da Manhã, um excelente artigo de opinião do 'PacMan' (vocalista dos DaWasel) - "Jogar Bonito" - a propósito desta iniciativa "inédita" vinda do mundo do futebol, e fiquei profundamente grato pelas suas palavras. Embora já tivesse tido a oportunidade de reflectir sobre esta iniciativa do 'Barca', quando vi de relance, num jogo transmitido na televisão, as camisolas do clube dos catalães, fiquei na altura com vontade de escrever sobre este assunto. O 'Pac' adiantou-se e com a sua "rima" inspirou-me para que escrevesse aqui sobre este mesmo assunto – o apoio do 'Barca' à Unicef inscrito nas suas camisolas.
Não sendo um "fã" do futebol, sou desde criança um espectador atento. Tendo sido iniciado pelo meu pai, nessas andanças de ir à "bola", aos domingos ou noutros dias especiais, no antigo estádio José de Alvalade. Fui feito sócio do clube das "riscas-verde-e-brancas" (já era tradição que vinha do meu avó) quando ainda não conseguia pronunciar uma palavra que fosse. Aos dezasseis anos deixou de me interessar ir à "bola", por razões essencialmente "políticas". Tinha começado o meu percurso juvenil nas organizações de juventude, associações de estudantes, etc. Nesse altura os movimentos neo-nazis estavam a dar os seus primeiros passos, e a violência nos estádios tinha começado a azedar. Claques do mesmo clube batiam-se entre si, vários objectos acutilantes voavam nas bancadas; um cenário a que infelizmente já nos habituamos. Mas eu não queria fazer mais parte daquele mundo. Não queria acima de tudo contribuir com o valor das minhas quotas de sócio para financiar claques neofascistas.
Afastei-me por completo do futebol. Durante mais de uma década, estive longe dos estádios, e os jogos transmitidos pela televisão não me interessavam em absoluto. Não entendia que houvessem amigos meus que podiam desmarcar um encontro, uma visita a uma exposição de arte, até mesmo uma importante reunião "revolucionária" por causa do futebol. Tornei-me alérgico. Só voltei a pisar as bancadas de um estádio durante o período quente da luta contra as propinas, e logo no antigo estádio dos "lampiões". Fui na altura com o meu melhor amigo, benfiquista ferrenho, mas para um jogo de apuramento de Portugal com um daqueles países do Báltico, a Estónia ou Letónia. A verdade é que os estudantes universitários tinham sido mobilizados pelas suas associações de estudantes, para estar nesse encontro, porque o ministro da educação iria estar presente na tribuna de honra para assistir ao jogo (na altura era o Couto dos Santos). Os estudantes procuravam nessa altura reeditar um protesto que tinha sido histórico, em Coimbra, numa célebre manifestação durante um jogo da Académica, em plena ditadura no período marcelista. Enfim, não me recordo do resultado do jogo, mas lembro que quando entrei no estádio, levava a minha determinação "revolucionária" de estar com os meus companheiros (que entretanto tinham conseguido colocar as tímidas faixas dirigidas ao ministro) num protesto que considerava justo, e não para assistir à "bola". O importante de reter aqui é o poder e a energia das massas e o como podemos ser influenciados por elas. Em pouco menos de meia hora, já estava eu de pé com o meu amigo Sérgio, saltando e pulando, gritando impropérios ao árbitro, ao fiscal de linha, ... O objectivo da luta estudantil que ali me tinha levado, passados noventa minutos quase que tinha ficado para segundo plano.
Aprendi com essa experiência que este tipo de encontros de humanos pode gerar uma energia tanto destruidora quanto criativa, geradora de profundos sentimentos de felicidade, ou de sofrimento. Vive-se e morre-se com a "bola", pela "bola", como se esse fosse um novo Messias.
Comigo, o que me levou ao afastamento, à náusea foram (e são!) os interesses por detrás da "bola". Como em todas as outras áreas da actividade humana. Perdi o interesse pela magia, pelo espectáculo. Passei a associar o futebol a algo de muito mau. Nem mesmo com o Euro 2004, a minha opinião mudou.
O facto de fazer este enquadramento, admito, pode ser uma desculpa esfarrapada para o facto de abrir este post com uma imagem da actual camisola do 'Barca'.
Desde que vi essa t-shirt, o futebol reconquistou, pelo menos em parte, o meu respeito e admiração. Quando uma marca com o brand value que tem o Barcelona assume a posição "politica" de responsabilidade social e assina um acordo exclusivo com uma organização mundial como a Unicef, está a dar uma lição ao mundo das marcas, em particular às dos clubes de futebol. Como dizia o 'Pac', no seu artigo, "isso sim é jogar bonito".
Ao invés de promover uma cerveja ou uma companhia de telecomunicações, que servem apenas os interesses económicos de uma (ou várias empresas) a troco do financiamento das equipas de futebol (e sabe-se lá que 'outros' negócios); o clube de "nuestros hermanos" dá uma lição de consciência social para o mundo empresarial ligado ao negócio da "bola". Sem deixar de fazer um excelente trabalho de marketing social, de buzzmarketing (passa-a-palavra) elevando assim o good will da sua marca, e gerando um retorno de notoriedade claramente superior ao dos seus "rivais", mostra que é possível outro caminho.
Não sei se esta acção de comunicação é financeiramente mais lucrativa que o modelo seguido por outros clubes. Sem dúvida que é uma gota de água num oceano. Mas vinda de um clube com a dimensão e projecção do F.C. Barcelona, faz a diferença e é um exemplo!
Este investimento, esta gota de água, gera certamente um outro tipo de capital que urge criar e expandir no mundo – o capital de solidariedade e da consciência social.
Não voltei a entrar num estádio, a comprar um produto ou marca ligada ao mundo da "bola", mas hoje seria capaz de ir a Barcelona e com admiração, dizer bem alto – assim vale a pena ver futebol, e apoiar aqueles que jogam bonito com a camisola da solidariedade!
2 de novembro de 2006
Pedir emprestadas as palavras á poesia
Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuido pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuido pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade
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