"A democracia é o pior de todos os sistemas, com excepção de todos os outros"
Sérgio Godinho, músico e compositor português
Hoje é dia de eleições em Espanha. Já aqui escrevi sobre o tema, e para fique claro, não quero desenvolver muito mais sobre este assunto, que tanto tem estado na primeira linha das preocupações dos meus irmãos espanhóis. Depois de vários meses de discursos, de debates, de campanhas, de acções dos vários partidos, das várias propostas, hoje cabe a "nuestros hermanos" decidir sobre o seu futuro. Ganhe quem ganhar, entre as duas prováveis forças capazes de o conseguir, PSOE ou PP, o que importa é o que será o pós 9-M.
Será o depois que decidirá a vida de milhões de cidadãos? Não o creio. A Vida tal como a entendo, é muito mais do que o exercicio do direito de voto. Sem dúvida um bem precioso, para quem vive em sociedade, algo, que em jovens democracias como Espanha ou Portugal, deve ser valorizado e apoiado. No entanto essa é apenas uma das muitas formas de exercicio de cidadania. O que estou aqui e agora mesmo fazendo (escrever o que penso) neste blog, é uma outra forma, não menos válida, não menos importante de ser cidadão. Muitas outras formas quotidianas existem que podem ser um contributo válido para essa tal de democracia.
Para mim a questão que mais me importa, é sem dúvida, saber como humanos, podemos aproximarmos mais uns dos outros, na dança da vida, aproximarmo-nos da natureza, criar pontes em vez de muros; pontes que nos aproximem, para lá de todas as diferenças, para lá de tudo o que possa ser destinto entre cada um de nós. Não é uma busca de um unanimismo 'fabricado', mas de um espaço de diálogo e de consenso, mais do que necessário para que possamos prosseguir, mais do que como cidadãos, mas como espécie. Como diz na canção Sérgio Godinho, 'dançar c0mo amigo(s) só", poderia facilitar-nos a construção de pontes, que para lá das destintas formas de ver e pensar o mundo nos pudesse aproximar em vez de afastar. Para lá das eleições, a Vida pede-nos que com consciência saibamos fazer escolhas, não apenas nos ciclos eleitorais, mas em cada segundo que respiramos.
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