Não consegui conter esta vontade inexplicável escrever o que sinto cá dentro. O
insight é demasiado forte, precisa de ser expresso, registado, e partilhado. Não posso adiar o que está passar por aqui “não posso adiar o Amor, não posso adiar o coração…” como escreveu o poeta Ramos Rosa.
Por estes dias a febre da competição Mundial de vários países embandeirados, rola em campos relvados, num jogo a que se deu o nome de futebol. Em nome das Nações, homens de várias origens, de vários cantos do planeta, de muitas línguas diferentes, de multiplos talentos, estão disputando num terreno rectangular vários jogos, alguns em simultâneo. Consigo, milhões de humanos vibram no encalço dos seus sonhos. Centenas de Marcas mundialmente conhecidas apoiam e suportam todo esse movimento, empenhando recursos, pessoas, meios quase infinitos para aparecerem com o seu melhor, em prol da competição, também elas a competir por mais lucro. Nações inteiras degladiam-se, dentro e fora do campo, nuns casos mais serenos que outros. Os Nacionalismos renascem, fervilham e entoam nos seus cânticos aos seus representantes Odes de louvor. Alguns são bem preocupantes, recuando na história do ódio, da destruição e da violência do que há de pior e também de melhor no ser-humano… outros mais saudáveis, procuram estimular a auto-estima e a alegria do seu povo.
No país em que nasci, estes “heróis” são liderados por um outro “heroi” medalhado por outro país – o Brasil. O país onde ainda vivo, foi quem deu a lingua ao Brasil. Este homem, Luis Filipe Scolari, pede no meu país para que levantemos o nosso “orgulho” nacional, de sermos portugueses, e que afirmemos esse orgulho, demonstrando em todos os lugares os símbolos que representam essa Nacionalidade, principalmente nas cores, nas bandeiras, nos brasões. Tudo simbolos da unidade nacional do Estado.
Na minha consciência já me é dificil fazer caber tamanho geo-sentimento. Na bandeira do meu coração, cabe todo o planeta Terra. Esse planeta azul que amo mais que tudo, e que mais do que nunca pede a unidade dos humanos para defender a sua existência. Para que possamos juntos como espécie abençoada, cuidar de amar todos os outros seres sensíveis que habitam a Gaia, para que saibamos nutrir o coração da mãe natureza, levantando bem alto a bandeira da sustentabilidade.
Então qual é a ideia?Organizar um jogo, (de preferência ainda durante este Mundial de futebol), convidando pessoas de todas as idades, género, cor, religião, ideias, filosofias, etc, para celebrarem (em vez de disputarem) num jogo, que tem o futebol por argumento, mas que vai mais longe; em vez de competição, joguemos pela cooperação, em vez de representantes/selecções de paises, joguemos todos para um Bem Comum – defender a sustentabilidade do planeta Terra.
Este não é um jogo de futebol convencional! Neste jogo não há vencedores e vencidos. Este é um jogo de ganha-ganha. Neste jogo não há árbitos, porque prevaleçe a confiança, a lealdade. Neste jogo a verdade de cada um é respeitada e a verdade do grupo sai enriquecida. Neste jogo, joga-se para ajudar a outra equipa. Celebra-se os golos da outra equipa e abraçam-se aqueles que se magoam.
Neste jogo não há faltas, penaltis, cartões amarelos ou vermelhos. Paramos o jogo quando alguém se magoa num lance mais animado, e cuidamos de saber se está bem. Sempre que um jogador quiser demonstrar afecto por outro jogador, pode mostrar-lhe um cartão verde, da energia do coração e dar-lhe um abraço.
Neste jogo, os conflitos são resolvidos de forma pacífica.
Neste jogo não existe a posição de defesa, médio, avançado, etc. Os jogadores jogam na posição do ambiente, espiritualidade, sustentabilidade, solidariedade, etc.
Neste jogo existe apenas uma equipa de apoio para todos os jogadores (médico, massagista, treinador, etc), pois acredita-se no valor da partilha.
Como pode funcionar:O jogo tem a mesma duração de um jogo de futebol “normal”. Joga-se em duas partes de 45 minutos cada, com um intervalo de 15 minutos. No entanto, podem ser feitos outros intervalos, na primeira e na segunda parte, de 3 minutos cada.
O jogo começa com um circulo, reunindo os jogadores das duas equipas, intercalando um de cada equipa. Neste circulo fazemos um meditação todos juntos, pondo na energia do jogo, a sustentabilidade do planeta, num propósito de paz, de cura, de defesa do ambiente, de liberdade, fraternidade, solidariedade, compaixão…
Depois cada jogador abraça todos os jogadores da outra equipa. O jogo começa, com o som que marca o inicio do jogo, tendo sido escolhido previamente o jogador que o dará.
Joga-se com as regras “gerais” do futebol; não existem foras de jogo – a lealdade deve ser sempre a primeira regra. Os golos são celebrados por todos.
No final, os jogadores voltam ao centro do terreno, e em circulo agradecem pela partilha, dedicando o jogo à cura do Planeta Terra.
Por fim, realiza-se uma celebração com todos os presentes, jogadores, o banco, a bancada...
Equipamentos, bandeiras, etc:As equipas jogam com os mesmo simbolo – o planeta Terra, mas com duas cores diferentes (para facilitar a identificação no campo de jogo). Num lado joga a equipa branca, noutra a equipa azul escuro.
As bandeiras de apoio, são brancas ou azul escuro de fundo, com o planeta Terra ao centro.
Suportes de comunicação, para o jogo poderão ser disponibilizados posteriormente (o design já está feito!).
Esta ideia pode ser recreada em vários cantos do Mundo em simultâneo! Se acredita naquilo que acabou de ler, espalhe esta ideia. O "meu" sonho é jogarmos no mesmo dia, vários jogos em simultâneo, com esta mesma energia ligada a nível mundial!!!